Todos nós quando vivemos com a intensidade marcamos as pessoas com as quais nos relacionamos pelo nosso testemunho de vida. As posturas que assumimos diante das pessoas, a nossa maneira de se relacionar ou as coisas boas que fazemos marcam. Os bons exemplos que nos marcaram podem nos dar pistas ou ajudando-nos a viver melhor a nossa própria vida. Recordar esses testemunhos podem suscitar o desejo de sermos pessoas melhores seguindo os pegadas deixadas por pessoas que viveram bem possamos também nós sermos fiéis aos nossos ideais vivendo-os de maneira frutuosa e criativa.
Foram seres humanos que como nós, mas souberam encontrar uma luz que os guiou na vida e continua a brilhar quando recordamos seus gestos e reforçamos o pensamento de sermos fiéis aos nossos propósitos. Meditando a frase da beata de Calcutá quando diz que: “o amor deve ser um gesto concreto mesmo que seja pequeno, mas concreto”, ou seja se ama com todo o coração, com o corpo, com a entrega de sí, não somente com a intenção, por boa que seja, e como não se ama somente com o intelecto ainda que esse nos ajudem a amar.
Em modo, contemplativo e afetivo vemos os nossos irmãos maiores que fizeram a história, não porque mudaram o mundo, mas porque souberam viver com sabedoria e coerência praticando aquilo que pregavam e mostrando a razão e o motivo pelo qual viviam. Podemos citar : João Paulo II, Madre Teresa de Calcutá, Charles de Foucauld ou Dag Hammarskjöld pela coerência com que viveram aquilo que ensinavam, em modo que a boca falava o coração estava cheio e se traduzia em vida.
Esses são grandes personalidades são indivíduos exemplares que admiramos, não somente no mundo religioso, porque são testemunhas válidas de que vale a pena fazer escolhas na vida e ser coerente com a opção feita e para todos nós são uma força que anima impulsionando o nosso desenvolvimento da consciência e da responsabilidade na busca de uma sabedoria existencial e relacional que contribua a caminhada de toda a humanidade.
Entre tantos frades capuchinhos da Província de São Paulo um que sem dúvida merece ser recordado, quase treze anos após a sua morte é Frei Francisco Erasmo Sigrist (1932-1998), o franciscano do Jardim Glória. Esse frade que assumiu o carisma da sua Ordem sabendo traduzir em gestos concretos encarnando- o em sua vida, em modo que sua contribuição é significativa como um testemunho franciscano-capuchinho. As pessoas que tiveram a oportunidade de conhecê-lo puderam perceber na sua pessoa uma simplicidade e humildade franciscana, seja pela sua opção de estar no meio dos pobres, trabalhando com eles, colocando-se com eles, como um deles.
Podemos dizer que recordou com a vida o quando se lê no capítulo sétimo da Regra Não Bulada de São Francisco, “ que os frades sejam menores ”.


Frei Emerson Aparecido Rodrigues - OFM Cap.
bacharel em teologia pela Pontificia Universidade Antonianum, Roma, é estudante de Mestrado em Teologia Espiritual com especialização em Franciscanismo.
"Como dizia nossa saudosa Santa Terezinha do Menino Jesus:
ResponderExcluirSão nas pequenas obras que vemos as grandezas de Deus,.....
É ai que o mistério se encarna e torna-se vivo,quando saímos de nosso comodismo e colocamos as mãos na massa......"