segunda-feira, 28 de março de 2011

Se calarem a voz dos profetas, as pedras falarão... a páscoa de um profeta!!!

Faleceu hoje, domingo, 27 de março, Padre José Comblin. Expressamos aqui nossa gratidão a Deus pela trajetória deste profeta, cuja vida foi dedicada à causa dos emprebecidos e da Igreja Popular.

Transcrevemos abaixo a notícia postada no site do IHU.

José Comblin morreu nesta madrugada, em Salvador, na Bahia, aos 88 anos.

Ele nasceu no dia 22 de março de 1923, na Bélgica. Desde 1958 trabalhava no Brasil, especialmente em Pernambuco, na Paraíba e na Bahia.
Padre Comblin estava em tratamento médico na capital baiana. Foi encontrado morto, sentado, em seu quarto, quando era esperado para a oração da manhã e não apareceu na capela. Ele tinha problemas cardíacos e usava marcapasso. Apesar da doença, parecia bem disposto e estava trabalhando.
Ele veio para o Brasil em 1958, atendendo a apelo do papa Pio XII, que no documento Fidei domum(O Dom da Fé) pedia missionários voluntários para regiões com falta de sacerdotes.
Depois de trabalhar em Campinas e, em seguida, passar uma temporada no Chile, foi para Pernambuco, em 1964, quando d. Helder Câmara foi nomeado arcebispo de Olinda e Recife. Perseguido pelo regime militar, foi detido e deportado, em 1972, ao desembarcar no aeroporto de volta de uma viagem à Europa.

José Comblin participou do primeiro grupo da Teologia da Libertação. Esteve na raiz das equipes de formação de seminaristas no campo em Pernambuco e na Paraíba (1969), do seminário rural de Talca, no Chile (1978) e, depois, na Paraíba, em Serra Redonda (1981). Estas iniciativas deram origem à chamada Teologia da enxada.
Além disso, esteve na origem da criação dos Missionários do Campo (1981), das Missionárias do Meio Popular (1986), dos Missionários formados em Juazeiro da Bahia (1989), na Paraíba (1994) e em Tocantins (1997).
É autor de inúmeros livros, dentre eles A ideologia da segurança nacional: o poder militar na América Latina (Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978)

quinta-feira, 24 de março de 2011

O franciscano do Jardim Glória

Todos nós quando vivemos com a intensidade marcamos as pessoas com as quais nos relacionamos pelo nosso testemunho de vida. As posturas que assumimos diante das pessoas, a nossa maneira de se relacionar ou as coisas boas que fazemos marcam. Os bons exemplos que nos marcaram podem nos dar pistas ou ajudando-nos a viver melhor a nossa própria vida. Recordar esses testemunhos podem suscitar o desejo de sermos pessoas melhores seguindo os pegadas deixadas por pessoas que viveram bem possamos também nós sermos fiéis aos nossos ideais vivendo-os de maneira frutuosa e criativa.

Foram seres humanos que como nós, mas souberam encontrar uma luz que os guiou na vida e continua a brilhar quando recordamos seus gestos e reforçamos o pensamento de sermos fiéis aos nossos propósitos. Meditando a frase da beata de Calcutá quando diz que: “o amor deve ser um gesto concreto mesmo que seja pequeno, mas concreto”, ou seja se ama com todo o coração, com o corpo, com a entrega de sí, não somente com a intenção, por boa que seja, e como não se ama somente com o intelecto ainda que esse nos ajudem a amar.

Em modo, contemplativo e afetivo vemos os nossos irmãos maiores que fizeram a história, não porque mudaram o mundo, mas porque souberam viver com sabedoria e coerência praticando aquilo que pregavam e mostrando a razão e o motivo pelo qual viviam. Podemos citar : João Paulo II, Madre Teresa de Calcutá, Charles de Foucauld ou Dag Hammarskjöld pela coerência com que viveram aquilo que ensinavam, em modo que a boca falava o coração estava cheio e se traduzia em vida.

Esses são grandes personalidades são indivíduos exemplares que admiramos, não somente no mundo religioso, porque são testemunhas válidas de que vale a pena fazer escolhas na vida e ser coerente com a opção feita e para todos nós são uma força que anima impulsionando o nosso desenvolvimento da consciência e da responsabilidade na busca de uma sabedoria existencial e relacional que contribua a caminhada de toda a humanidade.

Entre tantos frades capuchinhos da Província de São Paulo um que sem dúvida merece ser recordado, quase treze anos após a sua morte é Frei Francisco Erasmo Sigrist (1932-1998), o franciscano do Jardim Glória. Esse frade que assumiu o carisma da sua Ordem sabendo traduzir em gestos concretos encarnando- o em sua vida, em modo que sua contribuição é significativa como um testemunho franciscano-capuchinho. As pessoas que tiveram a oportunidade de conhecê-lo puderam perceber na sua pessoa uma simplicidade e humildade franciscana, seja pela sua opção de estar no meio dos pobres, trabalhando com eles, colocando-se com eles, como um deles.

Podemos dizer que recordou com a vida o quando se lê no capítulo sétimo da Regra Não Bulada de São Francisco, “ que os frades sejam menores ”.

Olhando para a história dos capuchinhos construida tendo como referência a humildade e a simplicidade que tem expressão na minoridade percebemos que “estar pobre entre os pobres” sempre foi e continua sendo uma baliza essencial para o carisma da bela e santa reforma, que a assumiu como um dos pilares fundamentais visto que os seus maiores santos, e as figuras que adiquirem importancia, de certo modo se tornam referência para a Ordem Capuchinha, não foram os intelectuais, ainda que esses também se encontram, mas foram os frades mais simples que faziam trabalhos manuais como porteiro, esmoleiro, sacristão, que como verdadeiros menores, na sua simplicidade faziam tanto bem a todo o povo de Deus, principalmente os mais pobres.


Frei Emerson Aparecido Rodrigues - OFM Cap. 
bacharel em teologia pela Pontificia Universidade Antonianum, Roma, é estudante de Mestrado em Teologia Espiritual com especialização em Franciscanismo.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Resgate da identidade Franciscano-Capuchinha

Do dia 17 a 29 de janeiro, cerca de cinquenta frades capuchinhos, representando todas as circunscrições do Brasil e também dois frades vindos da Custódia do Paraguai, se reuniram em Hidrolândia, Goiás, para o curso de formadores capuchinhos, promovido pela CCB (Conferência dos Capuchinhos do Brasil). Da nossa Província, participaram Fr. Denílson Spironello e Fr. Marcelo Toyansk. O curso se caracterizou por um clima fraterno, de muita partilha em grupos, oração e reflexão.
Inicialmente vimos a realidade da Formação Inicial de todas as circunscrições presentes, semelhanças e desafios das várias etapas da Formação Inicial. O curso também se inspirou na Carta do Ministro Geral, Fr. Mauro Jöhri, “Reacendamos a cha-ma do nosso carisma”, que lança a toda a Ordem forte apelo de renovação e busca de uma vivência mais radical e coerente do nosso carisma. Para tanto, o Ministro Geral partiu de rever a Formação Inicial em toda a Ordem. Esse tema foi-nos apre-sentado pelo custódio do Paraguai, Fr. Mariosvaldo Florentino, durante três dias, despertando em todos uma nova forma de ver todo o processo da Formação Inicial da vida capuchinha, partindo da iniciação cristã. Essa novidade é apresentada pelo próprio Ministro Geral em sua Carta, concebendo que a Formação Inicial deve ser vista em analogia à iniciação cristã!

Isso foi colocado como uma grande inovação a ser empreendida por toda a Ordem. Pois percebendo as várias incoerências na vivência do nosso carisma, o Ministro Geral resgata um termo que consta em nossas Constituições, mas que fora pouco entendido e explorado, o de ser necessário uma “iniciação” à nossa vida em seus vários aspectos (contemplação, fraternidade em minoridade, convivência com os pobres, constante renovação/penitência...). Tal iniciação deve ser entendida em analogia à iniciação cristã, resgatada pela Igreja nos últimos decênios, com as características de um catecumenato (conversão), com “provações”, experimentação progressiva, “escrutínios” (avaliação constatada com renúncias e avanços práticos), coerência no processo, adesão com vivência concreta dos valores, e depois com um tempo mistagógico, de amadurecimento e melhor entendimento da vida abraçada, contando sempre com a presença testemunhal da comunidade (Fraternidade). Isso diverge muito de simples reflexões e palestras como a base de uma formação e iniciação à nossa vida, o que é visto muitas vezes entre nós. 

Frei Denilson e  Frei Marcelo
  Percebemos que esse modo de ver a formação, como iniciação progressiva, vivencial e que contempla a realidade pessoal de cada vocacionado e formando, é inovador, coerente e pertinente inclusive aos frades de votos perpétuos. Pois não deixou de ser nítido que as contradições nas estruturas e vivência das Províncias afetam diretamente aos que entram à nossa vida. Seguindo a essa reflexão profunda, Frei Eldir Pereira, da Província do Pará-Amapá-Maranhão, expôs um resgate da iden-tidade franciscana durante dois dias, e depois Frei Aldir Crócoli, do Rio Grande do Sul, expôs com uma visão histórica e prática a Reforma Capuchinha, de retorno às raízes do carisma francis-cano para o atualizarmos entre nós. Ressaltou o cari-sma de Francisco de Assis como um encarnar Jesus novamente, em consonância à vida dos pobres (à margem da sociedade) e dos leigos (à margem da Igreja).
Assim, depois de um dia de lazer em Caldas Novas, tivemos ainda dois dias de reflexão com Frei Faustino Paludo, também coordenador do curso, sobre o papel do formador (“iniciador”), da Fraternidade formativa, da realidade dos formandos, e outros pontos e desafios relacionados, partindo das reflexões dos dias anteriores. Por fim, os participantes do curso destacaram treze pontos como encaminhamentos das reflexões desses dias juntos, como da necessidade de se repassar o conteúdo às Províncias, rever os itinerários formativos, viabilizar a vivência dos valores do carisma, com vivências com os pobres ou mesmo tempos de deserto, evitando que o Pós-Noviciado se reduza aos estudos acadêmicos, resgatando o simbólico e vivencial da mística franciscana, atenção maior aos neo-professos, entre outros. Foi avaliado muito positivamente o curso, sendo finalizado com a Eucaristia e o almoço no dia 29, mas ainda seguido de uma reunião no restante do dia entre os secretários da Formação Inicial para encaminhar a segunda etapa do curso, que será de 16 a 28 de janeiro de 2012.

Frei Marcelo Toyansk

quarta-feira, 16 de março de 2011

I ENCONTRO VOCACIONAL DE 2011

Francisco e Clara, uma proposta de vida
 
O primeiro Encontro Vocacional em Piracicaba deste ano aconteceu de 11 a 13 de março, no Seminário São Fidélis, com a participação de 23 vocacionados vindos de várias localidades do estado de São Paulo. O encontro se iniciou com o jantar na sexta-feira, dia 11, e a seguir foi apresentado um documentário sobre a vida franciscana o que provocou um momento de partilha entre os vocacionados e frades presentes.
No sábado, após a oração da manhã bem preparada pelos formandos capuchinhos, Frei José Carlos Pedroso falou com os vocacionados sobre discernimento vocacional e a importância em tê-lo a sério. Depois ouviram a partilha de experiências das várias etapas da Formação Inicial, apresentadas pelos nossos formandos.
À tarde, Frei Ricardo, formador do Postulantado, conversou com os vocacionados sobre o ideal de Francisco e Clara de Assis, que é o caminho do lava-pés, o seguimento de um Deus-irmão, sem hierarquias e sem exclusões. E o professor Alexandre também desenvolveu algumas dinâmicas trabalhando a realidade corporal com eles, seguido de um tempo de esporte.
Depois participando da celebração eucarística, presidida pelo Frei Nilton, no Lar Franciscano, os vocacionados tiveram um contato com a comunidade atendida pelos frades e foram a ela apresentados. E durante a noite, com a participação dos noviços, houve um momento de brincadeiras, descontração e apresentações.
Domingo, após a oração, Frei Messias falou sobre a vida do frade capuchinho, seguido por uma avaliação do encontro e a celebração eucarística, presidida pelo Frei Sermo, que relacionou o tempo da quaresma com o processo de conversão contínua da vida religiosa. Finalizamos, então, com um saboroso almoço.
É importante destacarmos que esse primeiro encontro vocacional do triênio foi muito bem aproveitado e esclarecedor aos vocacionados, contando com alguns novos animadores vocacionais e com a alegre e fraterna colaboração de frades pós-noviços, noviços e dos postulantes, que muito se empenharam neste encontro.
Que o Senhor que nos chama ilumine aos jovens que buscam respondê-lo com generosidade. E para melhor nos colocarmos à animação vocacional, foi agendado um encontro dos frades animadores vocacionais para rever, avaliar e melhor organizar esse serviço, o que acontecerá dias 1 e 2 de julho desse ano. Também o próximo Encontro Vocacional em Piracicaba foi antecipado para 27 a 29 de maio de 2011

                                                                              Frei Marcelo Toyansk.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Eu me acuso II - sobre a profecia de Comblin

Olá irmãos e irmãs, paz e bem!
Não poderíamos nos isentar, principalmente nesse tempo quaresmal, de mais um acalorado debate em nosso seio eclesial. Pode parecer coisa simples, mas reflete profundamente o cenário de Igreja que vem sendo construído pela "elite" clerical; em contrapartida, a Igreja, Povo de Deus, fundamentada no Concílio Vaticano II, continua resistindo bravamente aos poderes e interesses "internos", apesar de sangrar como e com o Cristo...

O texto é do monge Marcelo Barros em resposta ao artigo do Excelentíssimo Reverendíssimo Dom Redovino Rizzardi (Confira seu artigo em: http://www.douradosnews.com.br/domredovino/?id=2130.  Sobre o nosso querido profeta "Comblin", não precisamos tecer maiores comentários.

Eis o texto do poeta-profeta Marcelo Barros:

Alguns órgãos de comunicação ligados à pastoral popular divulgaram uma recente conferência feita pelo padre José Comblin no Chile e uma entrevista-resumo que o padre Comblin deu logo depois. Diante deste material, Dom Redovino Rizzardi, bispo católico de Dourados, reagiu com um texto no qual afirma que o padre Comblin está ressentido. Segundo ele, isso se deveria ao seu envelhecimento e sua posição é pessimista e negativa. O seu texto tem um título pesado: José Comblin: crepúsculo de um profeta?

José Comblin é um teólogo famoso no mundo inteiro e um pastor dedicado ao melhor da inserção junto aos pobres. Viveu isso a sua vida inteira e continua vivendo-o hoje. Não precisa de defesa minha nem de ninguém. Provavelmente entre os católicos conscientes de hoje, se encontram muitos que estão a favor de tudo o que o padre Comblin disse e ainda de outras coisas mais. É claro que em um debate aberto e democrático, a reação de Dom Redovino é até bem-vinda, desde que ele se coloque na discussão e não comece desmerecendo quem pensa diferente dele. Lamento que ele não respondeu ao padre Comblin com argumentos. O quadro que o padre Comblin pinta da centralização hierárquica romana é ou não verdade? Neste contexto autoritário, existe ou não o controle do pensamento e da ação? E o que Comblin diz sobre os dois últimos papas é real ou não? Sem entrar propriamente no mérito das questões, Dom Redovino simplesmente cita o texto do profeta Elias no Horeb, (1 Reis 19), tirando-o do contexto histórico e pinçando dele apenas o elemento da brisa silenciosa. No texto bíblico, a brisa é sinal da presença e da nova revelacao divina. Nesta reação ao padre Comblin, se torna elemento ou fator de mudança (eclesial?).

Na primeira metade dos anos 80, em um diário nacional, um importante companheiro do CEBI foi acusado por um bispo brasileiro de fazer leitura redutiva da Bíblia e de outros "erros". Julguei ser minha obrigação vir a público e escrevi um artigo intitulado "Eu me acuso!". Neste texto, eu dizia que tudo aquilo do qual o irmão em questão era criticado, podiam também dizer de mim. Então, não seria justo deixá-lo sozinho na arena dos leões. Agora me sinto obrigado a escrever um "Eu me acuso número 2" para dizer que, embora eu tenha outro temperamento e outro estilo pessoal, a maioria das coisas que o padre Comblin disse, eu penso exatamente assim e assinaria embaixo. Não tenho 87 anos (tenho 66) e penso que quem me conhece sabe que não sou de natureza pessimista nem digo isso por amar menos a Igreja. Ao contrário, a amo como minha mãe. Mas, isso me obriga a ser ainda mais exigente e sincero em querer vê-la "sem rugas nem manchas".
Quando escuto críticas dizendo que o padre Comblin é pessimista ou que realça mais o negativo, me lembro do saudoso padre Alfredinho (Alfredo Kunz) que, nos anos 70, em Crateús, comparava os profetas bíblicos com os urubus que via nos telhados das casas de periferia. Ele dizia: "Normalmente, ninguém gosta de urubu e entretanto das aves é a mais útil no sertão do Nordeste a cuidar da higiene e da limpeza pública".

Já que foi citado o primeiro livro dos Reis, é bom lembrar que no capítulo 22 deste mesmo livro, os reis de Judá e de Israel querem consultar um profeta de Deus e o rei Josafá pergunta ao seu colega de Israel: Será que aqui não tem ao menos um profeta do Senhor? E o rei responde: "Só tem o profeta Miquéias, filho de Jemla, mas eu o detesto, porque ele so profetiza desgraças e só diz coisas negativas". O relato conta que o profeta é obrigado a dizer o que Deus lhe inspira e por isso é esmurrado, preso e mantido a pão e água. A maioria dos profetas bíblicos viveu isso e mereceu a mesma crítica feita ao meu mestre padre Comblin. Jeremias denuncia os profetas falsos como sendo aqueles que dizem "Está tudo bem! Estamos em paz!" quando de fato está tudo mal (Cf. Jr 14, 13- 15 e outros). Através do profeta, Deus pergunta: "Por acaso a minha Palavra não é como um fogo que queima, um martelo que fende até rocha?" (Jr 23, 29).

Eu e todos os que conhecemos o padre Comblin sabemos que ele se mantém sempre jovial e bem-humorado, assim como ativo na sua inserção junto aos mais pobres e na sua dedicação às Igrejas locais que o Concílio Vaticano II afirmou serem Igrejas no sentido pleno do termo. É o modo dele obedecer à proposta da conferência episcopal de Medellin que pedia: darmos à nossa Igreja o rosto de uma Igreja pobre e despojada de poder, missionária e pascal, comprometida com a libertação da humanidade toda e de cada ser humano em sua integralidade" (Med 5, 15). Deus o mantenha entre nós por muito tempo, lúcido como está, com a mesma coragem profética de nos dizer as coisas e sempre fiel ao que o Espírito diz hoje às Igrejas.

(Texto transcrito de: http://www.cebi.org.br/noticia.php?secaoId=1&noticiaId=1820  por Frei Décio Pacheco Bezerra, ofm cap)