segunda-feira, 30 de abril de 2012

Missionários Capuchinhos assumem paróquia Santo Antônio em Cajati

Matriz Santo Antônio
Nova Fraternidade: Frei Pedro, Frei Nilton, Frei Rosinaldo e Afrânio












Aos 29 de abril de 2012, na celebração eucarística das 19hs, na Paróquia Santo Antônio de Cajati, presidida por Dom José Luís Bertanha, bispo diocesano de Registro, foi realizada a despedida dos religiosos da Sociedade do Verbo Divino, que durante muito tempo estiveram organizando e orientando os trabalhos pastorais  nas diversas comunidades urbanas e rurais dessa paróquia.

 










Ao mesmo tempo foram acolhidos por toda a comunidade católica local os frades  da Província dos Capuchinhos de São Paulo, frei Nilton César Groppo, pároco; frei Pedro Antônio Pereira, vigário paroquial e guardião da nova fraternidade; frei Rosinaldo Alves, atendente pastoral e vigário local da fraternidade e o postulante Afrânio Ferrez Benetti , que deverá permanecer na fraternidade até o período de ingresso ao noviciado, auxiliando  a pastoral local,  e que nesse momento assumem a direção da paróquia e a animação das diversas comunidades e pastorais existentes.


 










Estiveram presentes à celebração eucarística Dom José Luís Bertanha, demais presbíteros do clero diocesano de Registro, Dom frei João Alves dos Santos, bispo diocesano de Paranaguá, frei José Orlando Longarez, missionários redentoristas, o padre provincial dos verbitas, Pe .Edson Castro da Silva, religiosos verbitas que já passaram por essa paróquia, sobretudo padre Wilfridus Ribun;  irmão Ivo dos Santos Fiuza e Pe. Manh Le Hong que ultimamente eram os responsáveis pela direção da paróquia, o ministro provincial dos capuchinhos, frei Airton Carlos Grigoleto, frei Décio Pacheco Bezerra, coordenador das Santas missões Franciscanas e animador vocacional dos capuchinhos, bem como os representantes das 23 comunidades urbanas e rurais, os animadores das diversas pastorais e movimentos da paróquia, e o povo em geral.


 









Após o rito de posse, presidido pelo bispo diocesano, Dom Jósé Luís Bertanha, seguiu-se a leitura da ata de posse e provisão dos novos responsáveis. A comunidade católica manifestou seu profundo reconhecimento pelos trabalhos desenvolvidos pelos religiosos verbitas e sua imensa alegria pela chegada dos frades capuchinhos, expressando o desejo de uma fecunda comunhão eclesial.


  
Frei Nilton César, Pároco da paróquia Santo Antônio de Cajati

quarta-feira, 25 de abril de 2012

CURSO DE DINÂMICA PARA LÍDERES JOVENS EM PENÁPOLIS

Aconteceu dias 20, 21 e 22 de abril, no espaço Anjo da Guarda, próximo ao Santuário dos freis capuchinhos em Penápolis, o Curso de dinâmica para líderes (CDL) aos jovens dos grupos de toda a Região Penápolis. O curso se dá de modo muito dinâmico e participativo buscando capacitar os jovens para o trabalho em equipe, facilitar o auto-conhecimento, despertar confiança, habilitar para boa comunicação, bem administrar o tempo, captar e escrever as ideias, leituras, despertar a consciência crítica, fazer opção por Jesus e experiência de Igreja-comunidade, numa espiritualidade que dá unidade à vida, discernindo valores, despertando o compromisso e formando líderes.


            Este curso já é aplicado há muitos anos em muitas regiões do país pela Pastoral da Juventude e em Penápolis foi organizado pela coordenação diocesana da Pastoral da Juventude juntamente com Frei Marcelo, capuchinho, e a Irmã Nádia. O curso contou com 24 cursistas vindos de Penápolis, Clementina, Braúna, Glicério, Promissão e também de Piacatu e Birigui. Foi muito proveitoso e muito bem avaliado pelos participantes, deixando o gosto pela vivência em comunidade, muita amizade e o compromisso com o Evangelho, de valorizar a dignidade humana, se fundamentar em Jesus Cristo , sermos líderes democráticos e multiplicadores de tudo que foi aprendido nesses dias de curso, assim, convencidos de nosso compromisso na vivência do Reino de Deus a partir de nós e de nossas comunidades.

Pela fraternidade São Francisco de Assis de Penápolis

terça-feira, 24 de abril de 2012

Festa de São Fidélis de Sigmaringa

São Fidélis, chamado no batismo Marco Rey, nasceu em Sigmaringa, na Alemanha, em 1577. Estudou Direito em Friburgo e exerceu advocacia com tal amor à justiça que foi chamado o “advogado dos pobres”. Era um cristão reto e piedoso, tornando-se advogado justo e cheio de caridade. Assumiu sempre gratuitamente a defesa dos necessitados. Aos 35 anos, para evitar os perigos morais que comportava a sua carreira, deixou as leis e decidiu seguir outra vocação. Disse alguém que ele teria deixado sua profissão de advogado pelo medo que tinha de vir a cair em alguma daquelas injustiças que parecem inevitáveis nesta profissão. Fez-se capuchinho em Friburgo onde tinha freqüentado os estudos de Direito. Impôs-se a si mesmo viver em obediência, pobreza, humildade, com espírito de penitência, de austeridade e de sacrificada renúncia. Foi ordenado presbítero em 1612, tornando-se grande pregador da Palavra de Deus. Eleito Guardião do Convento de Welt- kirchen, na Suíça, entregou-se fervorosa- mente ao apostolado num momento parti- cularmente difícil da vida da Igreja. No cantão suíço dos Grijões, verificou-se, naquela altura, a dolorosa separação que dividiu católicos e calvinistas, tendo degenerado em sangrenta guerra política entre os Valões e o Imperador da Áustria. São Fidélis alimentou sempre no seu coração o desejo de derramar o seu sangue pelo Senhor e foi ouvido por Deus. Enviado para a Suíça pela Congregação da Propa- ganda da Fé com o fim de orientar uma mis- são entre os hereges sucedeu que as nu- merosas conversões ali verificadas lhe atraíram a ira e o ódio das autoridades que acabaram por interrompê-lo com disparos de espingarda numa das suas pregações em Seewis. A seguir, foi agredido fora da igreja em que pregara e depois ferido de morte. Seu corpo acabou por ser barbaramente esquartejado. Era o dia 24 de abril de 1622. Tinha 45 anos. Sua morte impressionou até os seus mais acirrados inimigos e teve como fruto imediato à pacificação entre eles. Os acontecimentos que se seguiram imediatamente mostraram bem que o sacrifício de São Fidélis não tinha sido em vão. É o protomártir da Sagrada Congregação da Propaganda da Fé. Foi canonizado por Bento XIV aos 29 de junho de 1746.


ORAÇÃO

Senhor, que destes a São Fidélis uma admirável fortaleza para testemunhar, com o próprio sangue, o anúncio missionário do Evangelho ao serviço da propagação da fé, concedei aos que hoje celebram seu triunfo a graça de viverem abrasados no mesmo amor de Cristo, para poderem experimentar também a glória do Senhor ressuscitado. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Fratenidade São Fidélis de Piracicaba em festa

Entre as faculdades concebidas pela Santa Sé aos fundadores da Missão de São Paulo por rescrito da Sagrada Congregação dos Negócios Extraordinários de 16 de julho de 1889, figurava em primeiro lugar a de abrir uma escola seráfico para a formação de sacerdotes nativos.


Quando em 1894 chegou Frei Bernardino de Lavalle, tratou logo de dar cuprimento a essa necessidade. Na reunião do Conselho da Missão realizada em 21 de abril de 1896 foi escolhida a cidade de Taubaté e imediatamente se deu início aos trabalhos.

A 13 de julho desse mesmo ano já estavam lá os primeiros candidatos vindos de Piracicaba. No dia 15 de março de 1897 foi solenemente inaugurado o prédio do Colégio Seráfico que teve como padroeiro o mártir capuchinho São Fidélis de Sigmaringa. Em 1911 foi transferido para Piracicaba onde cessou de existir em 1916. Reaberto provisoriamente em Botucatu no ano de 1919, cessou outra vez de existir no ano seguinte. Novamente aberto a 4 de julho de 1922 em São Manuel do Paraíso, foi transferido provisoriamente para São Paulo em fevereiro de 1923, de onde a 10 de dezembro de 1928 partiu definitivamente para Piracicaba em prédio próprio, que foi diversas vezes ampliado.


Nessa ocasião o Colégio Seráfico tomou o nome oficial de Seminário Seráfico São Fidélis. No dia 22 de dezembro de 1970 o Seminário fechadefinitivamente suas portas como internato. Alguns seminaristas transferem-se para o Seminário de Birigüi, enquanto 12 deles (de Piracicaba) prosseguiram seus estudos no mesmo São Fidélis que desde 1969 já recebia alunos externos numa experiência de colégio. Em 1972, não havendo clientela para a reabertura das aulas normais, foi suspensa a experiência e o prédio ficou a disposição da pastoral da Província e da Diocese. Em reunião de 24 de fevereiro de 1972 o Definitório Provincial reuniu numa só fraternidade os freis do Convento Sagrado Coração de Jesus e do Seminário São Fidélis, embora sendo residências distintas. Tal disposição porém, foi revogada em reunião definitorial nos dias 21 e 23 de março do mesmo ano, quando foi autorizada venda de uma parte do terreno do São Fidélis e abertura de uma Faculdade.

Aos 5 de fevereiro de 1973 algumas dependências foram alugadas por 4 anos para a "Associação de Educação e Cultura São Fidélis". Não podendo levar avante o plano de abrir novas Faculdades, a mesma Associação devolveu à Diocese a Faculdade de Serviço Social que assumem e rescindiu o contrato com a província, mantendo ali sua Faculdade até 1974. Em fins desse ano, algumas das dependências são alugadas à Copersucar para escritórios por alguns anos. A direção dos Cursilhos de Cristandade ocupa também algumas salas que lhe foram alugadas em 1975. Apesar de serem alugados vários espaços, sempre foi reservada grande e suficiente ala para a residência dos frades. Em dezembro de 1975, o Noviciado foi transferido de Botucatú para o São Fidélis. Em janeiro de 1981 começou a funcionar no Seminário o Postulantado com o Curso de Vida Religiosa até 1993.



Atualmente no Seminário funcionam a Biblioteca Central da Província, o Museu, o Centro Franciscano de Espiritualidade, a pastoral vocacional e missionária. 

domingo, 22 de abril de 2012

Encontro Vocacional – Convento Imaculada Conceição


No domingo, 22 de abril de 2012, aconteceu no Convento Imaculada Conceição um Encontro vocacional que contou com a presença de 8 jovens:

- Elio (Barueri)
- Alex (Jd. Angela)
- Alexsandro (Itapecerica da Serra)
- Fellipe (Embu-Guaçu)
- Lucas (Itapecerica da Serra)
- Fábio (Mooca)
- Jocélio (Jaraguá)
- Ivanis (Santo Amaro)


Iniciamos o Encontro com a participação na Celebração Eucarística às 9 horas, presidida por Frei Evandro. Depois assistimos ao Documentário da TV PUC-SP, De Medelin a Aparecida: 40 anos da Igreja na América Latina, e refletimos sobre os “cenários” da Igreja e como nossa vocação nasce na Igreja.

Almoçamos com os frades da fraternidade Imaculada Conceição e depois havíamos programado uma caminhada ao Parque Ibirapuera, mas como choveu resolvemos assistir a um filme. Assistimos ao filme: Homens e Deuses.

Assim encerramos nosso encontro às 17 horas.


Fraternalmente,
Frei Mateus Bento dos Santos


pela equipe do Serviço de Animação Vocacional



sábado, 21 de abril de 2012

Frei Luis Carlos Susin proferiu a palestra no terceiro dia de encontro da CCB

“Religião e Religiosidade: Aspectos Antropológicos” foi o tema tratado no Encontro dos Pastoralistas do Brasil


Frei Luiz Carlos Susin, OFMCap

No terceiro dia de encontro às 8h iniciou a programação do dia com a oração das laudes. Em seguida foi apresentada a programação e encaminhamentos. Após, Frei Luiz Carlos Susin proferiu a palestra com o tema: “Religião e Religiosidade: Aspectos Antropológicos”. Alguns pontos destacamos: não somos promotores de religiosidade mas evangelizadores; a religião não tem fronteira, nem limites, nem medidas; com o tempo viu-se mais uma religião como busca de saúde, nutrição, energia; com a modernidade o sagrado se volta para dentro do homem, como algo subjetivo; a religião é a alma da cultura; segundo Freud, a religião tem uma função social, de transformação; os ritos de passagens são solenizados e existe um cuidado social.



Com a urbanização foi desagregado o rito de passagem, os ritos estão ligados a comunidade e supõem uma estabilidade na sociedade. O rito de passagem é solenizada e existe um cuidado social.


O comprometer-se socialmente implica numa transformação radical da pessoa frente a rito de passagem. A confusão atual para os adolescentes, é definir mais os ritos de passagens. Aqui seria o sacramento da crisma como rito de passagem para preparar o cristão para a vida de Fé.
O cuidador não pode manter-se à distância, como em proteção neutra ou em observação imparcial, mas deverá colocar a sua busca pessoal à disposição dos outros, pois as suas próprias feridas são a principal fonte de seu poder curativo, são sinais de esperança.


Contamos com a presença do Definidor Geral Frei José Gislon.

do site: capuchinhosrs.org.br
por Frei Gabriel Francisco Cavalli (CANS - Frat. Santo Operário)

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Conhecendo Porto Alegre

Missão é encarnar-se na realidade de um povo. Como evento constituinte do curso de pastoralistas capuchinhos, saímos em visita a cidade de Porto Alegre onde pudemos visitar locais turísticos e religiosos, além de conhecer um pouco da história deste povo.

Santo Antônio do Partenon
Casa de Encontros São Lourenço

Gruta São Francisco e Santa Clara

Vista da casa de Encontro com a Igreja ao fundo


Nossa Senhora da Paz - Igreja Santo Antônio do Partenon

Frei Arcanjo no mercado municipal de Porto Alegre

Mercadão de Porto Alegre

Frei Décio - Ao fundo, Palácio da Justiça

Frei Arcanjo, ao fundo fachada da  Matriz  Mãe de Deus

Interior da Igreja Nossa Sra das Dores

Dentro da Igreja Matriz Mãe de Deus

Frades em frente da Igreja Nossa Sra das Dores, última construção executada por escravos em Porto Alegre
Monumento dedicado a Elis Regina, cantora gaúcha. Ao lado do Rio Guaíba  e  do museu Elis
 A noite os frades foram conhecer o CTG - Centro de Tradições Gauchas. Fomos ao 35, considerado o pioneiro. Recepcionados pela patroa Márcia - coordenadora do local - com um delicioso jantar tradicional gaúcho, com muito churrasco. Depois houve apresentações musicais e danças típicas.

Peões e Prendas dançando

Frei Arcanjo, o "Peão" e Frei Cleonir, Provincial da província  do Rio Grande do sul

Missão Franciscana

Frei Flávio Guerra, OFM,  proferiu a palestra do segundo dia do encontro de pastorista capuchinhos com o tema: “A Missão Franciscana”.
Frei Flávio, OFM

Destacou: evangelizar para São Francisco é dar testemunho da voz de Deus. Apresentou alguns elementos da evangelização franciscana: testemunho e qualidade de vida evangélica; testemunho de vida fraterna (planejar juntos, decidir juntos, avaliar junto, celebrar junto); itinerância (ir ao encontro do outro, encarnação) de modo pacífico, minorítica e pobre; solidariedade com os pobres (ser pobre, estar feliz no meio dos pobres, servir os pobres); diálogo (perceber a semente do verbo num mundo plural), construção de uma cultura de Paz num contexto social de violência.


A partir desses elementos da missão franciscana, após o intervalo, houve questionamentos e partilhas de experiências com participação da plenária.
 

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Santos e Maria na religião do povo

Assessorados pelo professor mestre frei Arno Frelich, OFM, pudemos refletir sobre a religiosidade popular e a devoção mariana.

Frei Arno da Ordem dos Frades Menores

Falndo mais a partir da sua prática pastoral, o assessor discorreu sobre os desafios na sitematização dos estudos sobre devoção popular e seu devido aprofundamento, visto que, ao tocar nesse assunto está lidando com algo muito mais emotivo e afetivo que algo meramente racionalizado.
Isso porque devoção em sua raiz significa ter afeto, admiração, profundo respeito, uma verdadeira submissão ao santo ou a Maria; se é submissão, não cabe questionamentos ou mudanças. Dessa forma, é muito eficaz para a evangelização, mas traz alguns entraves para alguns avanços pastorais, visto que, o devocional brota do povo e se transforma em tradição, e não deve ser "mudado"; conforme o velho adágio: "sempre foi assim."



A devoção popular brota da prática e tradição de um povo, não é normatizada e oficial, mas incentivada pelo magistério da Igreja. Essa tradição é transmitida de uma geração para outro por meios afetivos; a tradição gera pertença e dá identidade a um povo.
Mas em nossa sociedade pós-moderna, em que cada indivíduo quer criar sua própria "tradição", como manter a identidade e pertença a um povo? Na realidade, muda-se a forma de manifestar a tradição, mas o pano de fundo, a base é a mesma. Por exemplo, dificilmente um jovem pagará uma promessa subindo uma escadaria de uma igreja descalço ou de joelhos, porém, por conta de uma encenação na sexta-feira santa, esse mesmo jovem ficará deslcaço por horas, carregará uma pesada cruz, e se entregará totalmente. A "tradição" é a mesma, a manifestação se dá de outra forma.
Por fim, a devoção popular tem a capacidade de criar um "ethos", exemplo disso que em Canindé veste-se como imaginam que Francisco se vestia, cria-se uma linguagem verbal e corporal que é assimilada por todos que manifestam devoção para esse ou aquele santo.

Santuário de São Francisco das chagas, Canindé - CE
À noite o encontro continuará com uma apresentação cultural. Pela manhã, teremos a palestra "Religião e religiosidade", proferida pelo prof. Dr. frei Luiz Carlos Susin, OFMCap.

Celebração Eucarística e acolhida dos participantes do encontro de Pastoralistas Capuhinhos

Inciamos o primeiro dia do Encontro de Pastoralistas com a Celebração liturgica presidida pelo Provincial da Provincia do Rio Grande do Sul Frei Cleonir.


Após uma calorosa acolhida a todos os frades presentes, em sua Homilia o Provincial e vice-presidente da CCB enfatizou que apesar das várias circuncrições somos uma única família, irmanados pelo mesmo seguimento ao Cristo que dá sentido a todos os nossos trabalhos, à maneira de Francisco de Assis.


Frei Cleonir apresentou alguns aspectos da presença dos frades capuchinhos no Rio Grande do Sul e a chegada dos primeiros missionários franceses em 1896. Hoje atuam em 34 paróquias, 18 rádios, 1 jornal impresso de grande circulação, uma faculdade e várias instituições de cunho social.



Encerrada a celebração Eucarística, na capela São Lourenço de Brindisi, nos dirigimos às dependências da Faculdade e lá tivemos a primeira palestra do dia.


São Lourenço, padroeiro da casa de encontros

terça-feira, 17 de abril de 2012

Pastoralistas Capuchinhos debatem a missão e a religiosidade popular

De 18 a 23 de abril acontece em Porto Alegre, na casa de retiros São Lourenço de Brindisi, dos Capuchinhos da Província do Rio Grande do sul, o 24º Encontro Pastoralistas promovido pela CCB. Este evento é realizado a cada dois anos e reúne os religiosos que trabalham em pastorais nas paróquias e províncias. A Província de São Paulo está sendo representada pelo Frei Décio de Piracicaba e Frei Arcanjo de Penápolis que já estão em Porto Alegre.
O tema deste ano é Missão e Religiosidade Popular, um apelo do Documento de Aparecida na questão da missão do Continente Latino Americano.



Frei Carlos Freitas, coordenador do encontro disse que baseado nesse pedido do Documento foi incluída a religiosidade popular, que é a realidade do dia a dia do trabalho pastoral. O tema central vai ser divido em quatro propostas: no primeiro o frei Luiz Carlos Susin vai falar sobre Religião e Religiosidade, a definição do termo; o segundo tema, Santos e Maria na Religião do povo; o terceiro, missão Capuchinha diante desse trabalho e por último a transversalidade por onde passa todo esse contexto da missão.
No domingo os freis participarão de uma missa em Flores da Cunha, quando será oficializada a conclusão da compilação dos documentos de beatificação de frei salvador Pinzeta. No final da tarde o grupo retorna para Porto Alegre para a conclusão do encontro. No ano passado esse evento aconteceu em Porto Seguro na Bahia.

Primeira presidência de Frei Maurício na Matriz Nossa Senhora Aparecida e Homilia de Frei Nilton


"Toda a vocação nasce na família, cresce na comunidade, se fortalece na oração e dá fruto na missão."
Com essa profunda e bonita frase começamos a semana vocacional. Na primeira presidência de Frei Maurício na Matriz Aparecida, encerramos essa semana de profundas reflexões, tempo forte de oração e confraternização com o querido povo de Dracena.












Colocamos na íntegra a profunda e bela homilia proferida por Frei Nilton César. Já com saudades do povo de Dracena e com o coração repleto de gratidão pelo carinho e acolhida. Que Deus os abençõe!


Inicialmente quero agradecer pelo convite que me foi dirigido para refletirmos sobre o significado do ministério presbiteral, que frei Maurício assumiu em comunhão com todos os pastores da Igreja, através da sua Ordenação Presbiteral na noite de ontem.

Certamente este convite decorre da nossa amizade, de longa data, e sobretudo do privilegio que tive de participar como formador e definidor da formação inicial da província do processo formativo e da caminhada vocacional de frei Mauricio, da confiança mútua e de tantas expectativas que temos partilhado. O texto do Evangelho que acabamos de ouvir evoca e nos apresenta a duvida de Tome sobre a ressurreição de Jesus, e na sequencia sua profissão de fe: meu Senhor e meu Deus. Assim se apresenta a tensão positiva, a dialética entre a duvida, a insegurança, o medo e o profundo desejo que temos, de dar uma resposta positiva diante do chamado de Deus, resposta vocacional que deve ser entendida como nossa opção fundamental, e que deve ser conferida na liberdade. Certamente, foi nessa dinâmica própria do processo de discernimento vocacional que frei Mauricio deu o seu sim a Deus, aceitando e entendendo que nisso consiste sua realização humana e vocacional. Sendo assim, irmãos e irmãs, quero apresentar alguns pontos importantes de dois documentos papais, do Magisterio da Igreja sobre o significado do ministério presbiteral.

De acordo com a orientação do Decreto Presbiterorum Ordinis sobre o ministério e a vida dos presbíteros do Papa PauloVI, que assim se expressa: participando, a seu modo do múnus dos apóstolos, os presbíteros da Igreja recebem de Deus a graça de serem ministros de Jesus Cristo no meio dos povos, desempenhando o sagrado ministério do Evangelho, para que seja aceita a oblação dos mesmos povos, santificada no Espírito Santo, bem como em conformidade com o conceito que dispomos de liberdade e maturidade humana, pois o dom de Deus não anula a liberdade humana, antes a suscita, desenvolve e exige, da exortação apostólica pós-sinodal PASTORES DABO VOBIS, do papa João Paulo II, e numa compreensão do chamado vocacional a partir de uma resposta fundamental diante dos apelos que Deus nos dirige por meio de seu Filho Jesus Cristo, acreditamos firmemente, apoiados pela fé e pela certeza dessas afirmações, que Deus comunicou-lhe pela graça recebida no sacramento pascal do batismo, fonte de todos os ministérios e vocações a possibilidade e o dom de participar plenamente do único e verdadeiro sacerdócio confiado à Igreja pelo próprio Senhor, o grande pastor das ovelhas

(Hb.13,20). Graça comunicada, chamado que emana D' aquele que foi enviado por Deus à história humana como pontífice, autor e consumador da salvação do gênero humano, mas que de modo algum dirime a importância e a participação conscientes daqueles que são orientados pelo Espírito do Senhor e pelo seu santo modo de operar para aproximarem-se do Mistério da Salvação, tornando-se pelo sim incondicional à dignidade sacerdotal, instrumento e porque não dizer, sacramento da presença de Deus para a vida eclesial e serviço ao povo que se encontra reunido como Corpo Místico de Cristo pelos sacramentos do batismo e da ceia pascal.

Deste modo devemos reconhecer a importância do testemunho diaconal de Jesus Cristo, que veio não para ser servido, mas para servir, e oferecer a sua vida como resgate de muitos, e a sabedoria das virgens prudentes, imagem do povo fiel que, certamente, iluminaram sua inteligência e coração no exercício de uma resposta positiva, diante do ministério que a ti foi confiado pelo próprio Senhor, através da mediação do sacramento da ordem, arraigado profundamente no sacerdócio ministerial de Jesus Cristo.

O ministério presbiteral que além de outras fontes de inspiração tem sua possível origem e constituição no testemunho e serviço pastoral dos presbíteros e dirigentes da igreja primitiva, encarregados da organização e da assistência às comunidades pascais primitivas e da realizacão das obras de salvação, de modo algum pode ser compreendido, numa perspectiva de testemunho e serviço, como poder temporal que confere status institucional, reconhecimento pastoral e autoridade eclesial ilegítimos, que tem como contestação o reconhecimento e a afirmação de que o servo nunca é maior que o senhor, ao contrário, deve procurar uma aproximação e profunda identificação entre o exercício da vocação e do ministério prebiteral e a prática vocacional e ministerial de Jesus de Nazaré, o missionário do Pai.

Jesus, o profeta de Deus para o anúncio do seu Reino se fez, no exercício do mistério da sua encarnação, manifestação amorosa e salvífica do próprio Deus no serviço aos pequenos deste mundo. " Eu te louvo e te bendigo Senhor do céu e da terra porque escondestes esse mistério e essa sabedoria do reino aos grandes, presunçosos e arrogantes desta história, mas a revelaste aos pequenos e aos pobres, porque assim ó Pai foi do teu agrado, da tua vontade. Jesus, na fidelidade ao chamado recebido, à missão que lhe fora confiada, serviu-os com alegria e dedicação, pois considerava sua ação profética e pascal um cumprimento da vontade do Pai.

Que assim seja contigo, frei Maurício, que teu ministério seja serviço alegre e desinteressado, nunca te esqueças que o teu diaconato, que um dia recebestes para o serviço da casa do Senhor permanece inviolável e deve caracterizar fundamentalmente o seu ministério presbiteral no interior da vida das comunidades e do povo que lhe for confiado. Permita que o Espírito do Senhor que acompanhou Jesus desde a sua concepção e nascimento, passando pelo seu ministério como profeta do reino até a consumação da sua obra de salvação no mistério de sua morte e ressurreição, signifique com sua sabedoria tua práxis presbiteral para o bem de toda a Igreja, reunida no mesmo Espírito.

Caríssimo irmão frei Maurício isso é o que todos nós te desejamos, seus confrades, nossa província capuchinha, ministros ordenados assim como você, pois reconhecemos tua seriedade, compromisso e disponibilidade para o serviço que tem caracterizado tua presença fraterna e amiga entre nós e em nossas comunidades desde o início do seu processo formativo para a vida religiosa consagrada. Inúmeros e valiosos serviços você tem prestado a nossa fraternidade provincial, bem como a tantas comunidades eclesiais pelas quais passou. Sendo um dom de Deus para a nossa fraternidade de irmãos menores, também o será seguramente para a vida eclesial e pastoral das comunidades, como um pastor que age segundo o coração de Deus, zeloso pelo bem e pela salvação da vida humana, como assevera a exortação apostólica pós-sinodal do papa João Paulo II, do ano de 2007: PASTORES DABO VOBIS: Dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, numa referência ao texto do profeta Jr. 3,15. A presente exortação assim se manifesta sobre a importância dos pastores para a vida eclesial das nossas comunidades: A Igreja, povo de Deus, experimenta continuamente a realização do anúncio profético: eu estabelecerei para elas, as minhas ovelhas, pastores que as apascentarão, de sorte que não mais deverão temer ou amedrontar-se..., e na alegria continua a dar graças ao Senhor. Ela sabe que o próprio Jesus Cristo é o cumprimento vivo, supremo e definitivo da promessa de Deus. Eu sou o bom Pastor (Jo.10,11). Ele, o grande pastor das ovelhas (hb.13,20) confiou aos apóstolos e aos seus sucessores o ministério de apascentar o rebanho de Deus.