segunda-feira, 18 de julho de 2011

Mathéin e Pathéin


Padre Zézinho, SCJ, é poeta, escritor e músico
Mathéin e pathéin são palavras gregas. Fixemos "mathein": aprender e "pathein": experimentar. É claro que há mais sentidos ocultos nessas palavras, mas fiquemos com estes. Entre mathein e pathein, há um caminho a ser percorrido. Aristóteles dizia que as pessoas iam ao culto mais para experimentar (pathein) do que para aprender (mathein) verdades. Cerca de 2.400 anos depois acontece o mesmo nos templos cristãos, muçulmanos e judeus.
            A maioria dos crentes vai experimentar os mistérios. Poucos privilegiam a teologia, o catecismo, o aprendizado. Aprofundam-se no sentir e quase nunca no entender.
            A maioria dos pregadores de hoje segue a lição do "pathein". Conduzem o fiel a sentir, experimentar, orar em línguas, emocionar-se, pedir curas, abrir os braços, chorar, dançar. Pregam mais o sentir do que o entender, captar, aprender e raciocinar. Desminta-me quem puder. Ligue o rádio e a televisão e verá se a intenção é ensinar a refletir ou a emocionar-se.
            Televisão, rádio, congressos e templos estão repletos de "pathein". "Sinta e experimente Deus" está em voga do que "entenda e compreenda o que a mensagem dizia naqueles tempos e o que nos diz agora".
            Na verdade, a ordem é "confie e beba e não faça perguntas". Uma boa religião precisa de mais do que isso! Perguntar também  é coisa do céu!
Mathéin e pathéin são palavras gregas. Fixemos "mathein": aprender e "pathein": experimentar. É claro que há mais sentidos ocultos nessas palavras, mas fiquemos com estes. Entre mathein e pathein, há um caminho a ser percorrido. Aristóteles dizia que as pessoas iam ao culto mais para experimentar (pathein) do que para aprender (mathein) verdades. Cerca de 2.400 anos depois acontece o mesmo nos templos cristãos, muçulmanos e judeus.
            A maioria dos crentes vai experimentar os mistérios. Poucos privilegiam a teologia, o catecismo, o aprendizado. Aprofundam-se no sentir e quase nunca no entender.
            A maioria dos pregadores de hoje segue a lição do "pathein". Conduzem o fiel a sentir, experimentar, orar em línguas, emocionar-se, pedir curas, abrir os braços, chorar, dançar. Pregam mais o sentir do que o entender, captar, aprender e raciocinar. Desminta-me quem puder. Ligue o rádio e a televisão e verá se a intenção é ensinar a refletir ou a emocionar-se.
            Televisão, rádio, congressos e templos estão repletos de "pathein". "Sinta e experimente Deus" está em voga do que "entenda e compreenda o que a mensagem dizia naqueles tempos e o que nos diz agora".
            Na verdade, a ordem é "confie e beba e não faça perguntas". Uma boa religião precisa de mais do que isso! Perguntar também  é coisa do céu!

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