segunda-feira, 21 de maio de 2012

JMJ com um rosto franciscano


JMJ com um rosto franciscano


No dia 07 de maio p.p., estiveram reunidos em São Paulo, Convento São Francisco: Frei André Luiz Carniello (OFMCap), Frei Edcarlos Mário Hoffman (OFMCap), Frei Maurício dos Anjos (OFMCap), Frei Décio Pacheco (OFMCap), Frei Eron Cerrato (OFM), Frei Alvaci Mendes da Luz (OFM), Frei Diego Atalino de Melo (OFM); Frei Gustavo Wayand Medella (OFM), Frei Ivo Müller (OFM), Frei José Carlos Correia Paz (TOR), Alex Bastos (JUFRA) e Ir. Márcia de Cássia de Souza (Franciscana da Ação Pastoral).
A reunião foi convocada por Frei Alvaci e por Frei Diego, da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, que representam a entidade anfitriã da JMJ (Jornada Mundial da Juventude) no contexto da FFB (Família Franciscana do Brasil). Após a apresentação inicial, o grupo viu um pequeno filme sobre a JMJ na Alemanha, para haver uma ideia de como se poderia dar os primeiros passos em prol do evento aqui no Brasil em 2013. A partir disso, começaram a pipocar as ideias, que resumo a seguir:
            1. Somos norteados desde o início pelo desejo de pensar no “macro” e não no “micro” evento, inseridos num contexto de Igreja maior que nossos ideais e carismas;
            2. Incentivados pelo Frei Estevão Ottembreit (que participou da JMJ na Alemanha), pensamos em criar um “Cantinho Franciscano” nos espaços ofertados pela VOT, ao lado do Convento Santo Antônio, Rio de Janeiro. Este espaço teria a nossa cara e, embora não possa ser inserido no programa oficial da JMJ, teria a face do carisma franciscano, que norteia todas as entidades da FFB (Família Franciscana do Brasil). Destinar-se-ia aos interessados, que pudessem fazer a visita ao local, nos horários intermediários da programação oficial;
            3. Fomos convidados também a inserir um stand na Feira Vocacional, que acontecerá na Praia Vermelha, ao pé do bondinho do Pão de Açúcar. O espaço é pago e o valor do mesmo será dividido entre as entidades da Família Franciscana no Brasil;
            4. As Semanas Missionárias (Pré-Jornadas) acontecerão em várias dioceses do Brasil, de acordo com sua oferta por línguas. As inscrições dos jovens de todo o mundo serão direcionadas por grupos lingüísticos, dividindo-os assim pelas dioceses;
            5. Sugerimos a Igreja de São Sebastião, dos Frades Capuchinhos, na Tijuca, como espaço que possa acolher um encontro dos Ministros Gerais ( 3 ramos OFM e TOR) e ministra geral da OFS, com presença de franciscanos e franciscanas do Brasil e do mundo, num horário que não interfira no programa oficial da Jornada;
            6. Sugerimos a elaboração de um “mapa-roteiro”, com locais de presença franciscana no Rio de Janeiro, que possam ser visitados pelos interessados em horários paralelos, onde constem as Irmãs Clarissas da Gávea, Irmãs Concepcionistas, Paróquia N. Sra. da Boa Viagem, na Favela da Rocinha, dentre outros;
            7. A nossa equipe de serviço não aceitará pedidos de hospedagem, porque não é de nossa competência. Os pedidos de hospedagem deverão ser cadastrados no site da organização central da Arquidiocese do Rio de Janeiro. Vide: http://www.rio2013.com/pt;
            8. O programa oficial da Jornada deve sair até o mês de agosto deste ano. Em todo caso, como locais oficiais, além da Feira Vocacional (Praia Vermelha), comenta-se que o grande espaço das concentrações (missa de abertura, encontro com o Papa) será no bairro Campo Grande, a Via Sacra aconteceria, saindo da Candelária e passando pela Rio Branco, em direção ao aterro do Flamengo;
            9. Além da Jornada oficial, o “aquecimento” deveria acontecer no contexto das paróquias e outras entidades ligadas a nós. Tal aquecimento deveria ser norteado pelo carisma franciscano (JPIC e outras temáticas franciscanas). A articulação aconteceria dentro dos espaços próprios destas entidades, ligados às dioceses;
            10. Em vista do serviço que já prestamos no Convento Santo Antônio, Rio de Janeiro, sugerimos que nos pequenos espaços em anexo ou nas tendas da praça, Largo da Carioca, sejam disponibilizados sacerdotes franciscanos, que possam atender as confissões em línguas diferenciadas. Se a sugestão for acolhida, é necessário fazer um catálogo dos confessores e de suas línguas;
            11. A próxima reunião dessa equipe – abrindo o espaço de suas tendas a novos membros da FFB – acontecerá no Convento dos Capuchinhos, Tijuca, Rio de Janeiro, com início às 14h00 do dia 27 de agosto.

Portanto, a título de síntese, os pontos que ficaram bem definidos e com os quais iremos nos ocupar mais arduamente, serão:

·        Criação de um “Espaço Franciscano”, que será a nossa referência na Jornada.
Local: Igreja da Ordem Franciscana Secular (VOT), Largo da Carioca
·        Encontro com os ministros gerais, que será o ponto forte de nossa presença entre e com os jovens.
Local: Igreja de São Sebastião, dos frades capuchinhos na Tijuca;
·        Feira Vocacional, que acontecerá com organização própria e na qual teremos o nosso espaço.
Local: Praia Vermelha – Urca (bondinho do Pão de Açúcar)



Pela equipe

domingo, 20 de maio de 2012

Silêncio e palavra: caminho de evangelização

MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI
PARA O 46º DIA MUNDIAL
DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS

[Domingo, 20 de Maio de 2012]


Amados irmãos e irmãs,

Ao aproximar-se o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2012, desejo partilhar convosco algumas reflexões sobre um aspecto do processo humano da comunicação que, apesar de ser muito importante, às vezes fica esquecido, sendo hoje particularmente necessário lembrá-lo. Trata-se da relação entre silêncio e palavra: dois momentos da comunicação que se devem equilibrar, alternar e integrar entre si para se obter um diálogo autêntico e uma união profunda entre as pessoas. Quando palavra e silêncio se excluem mutuamente, a comunicação deteriora-se, porque provoca um certo aturdimento ou, no caso contrário, cria um clima de indiferença; quando, porém se integram reciprocamente, a comunicação ganha valor e significado.

O silêncio é parte integrante da comunicação e, sem ele, não há palavras densas de conteúdo. No silêncio, escutamo-nos e conhecemo-nos melhor a nós mesmos, nasce e aprofunda-se o pensamento, compreendemos com maior clareza o que queremos dizer ou aquilo que ouvimos do outro, discernimos como exprimir-nos. Calando, permite-se à outra pessoa que fale e se exprima a si mesma, e permite-nos a nós não ficarmos presos, por falta da adequada confrontação, às nossas palavras e ideias. Deste modo abre-se um espaço de escuta recíproca e torna-se possível uma relação humana mais plena. É no silêncio, por exemplo, que se identificam os momentos mais autênticos da comunicação entre aqueles que se amam: o gesto, a expressão do rosto, o corpo enquanto sinais que manifestam a pessoa. No silêncio, falam a alegria, as preocupações, o sofrimento, que encontram, precisamente nele, uma forma particularmente intensa de expressão. Por isso, do silêncio, deriva uma comunicação ainda mais exigente, que faz apelo à sensibilidade e àquela capacidade de escuta que frequentemente revela a medida e a natureza dos laços. Quando as mensagens e a informação são abundantes, torna-se essencial o silêncio para discernir o que é importante daquilo que é inútil ou acessório. Uma reflexão profunda ajuda-nos a descobrir a relação existente entre acontecimentos que, à primeira vista, pareciam não ter ligação entre si, a avaliar e analisar as mensagens; e isto faz com que se possam compartilhar opiniões ponderadas e pertinentes, gerando um conhecimento comum autêntico. Por isso é necessário criar um ambiente propício, quase uma espécie de «ecossistema» capaz de equilibrar silêncio, palavra, imagens e sons.

Grande parte da dinâmica actual da comunicação é feita por perguntas à procura de respostas. Os motores de pesquisa e as redes sociais são o ponto de partida da comunicação para muitas pessoas, que procuram conselhos, sugestões, informações, respostas. Nos nossos dias, a Rede vai-se tornando cada vez mais o lugar das perguntas e das respostas; mais, o homem de hoje vê-se, frequentemente, bombardeado por respostas a questões que nunca se pôs e a necessidades que não sente. O silêncio é precioso para favorecer o necessário discernimento entre os inúmeros estímulos e as muitas respostas que recebemos, justamente para identificar e focalizar as perguntas verdadeiramente importantes. Entretanto, neste mundo complexo e diversificado da comunicação, aflora a preocupação de muitos pelas questões últimas da existência humana: Quem sou eu? Que posso saber? Que devo fazer? Que posso esperar? É importante acolher as pessoas que se põem estas questões, criando a possibilidade de um diálogo profundo, feito não só de palavra e confrontação, mas também de convite à reflexão e ao silêncio, que às vezes pode ser mais eloquente do que uma resposta apressada, permitindo a quem se interroga descer até ao mais fundo de si mesmo e abrir-se para aquele caminho de resposta que Deus inscreveu no coração do homem.

No fundo, este fluxo incessante de perguntas manifesta a inquietação do ser humano, sempre à procura de verdades, pequenas ou grandes, que dêem sentido e esperança à existência. O homem não se pode contentar com uma simples e tolerante troca de cépticas opiniões e experiências de vida: todos somos perscrutadores da verdade e compartilhamos este profundo anseio, sobretudo neste nosso tempo em que, «quando as pessoas trocam informações, estão já a partilhar-se a si mesmas, a sua visão do mundo, as suas esperanças, os seus ideais» (Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2011).

Devemos olhar com interesse para as várias formas de sítios, aplicações e redes sociais que possam ajudar o homem actual não só a viver momentos de reflexão e de busca verdadeira, mas também a encontrar espaços de silêncio, ocasiões de oração, meditação ou partilha da Palavra de Deus. Na sua essencialidade, breves mensagens – muitas vezes limitadas a um só versículo bíblico – podem exprimir pensamentos profundos, se cada um não descuidar o cultivo da sua própria interioridade. Não há que surpreender-se se, nas diversas tradições religiosas, a solidão e o silêncio constituem espaços privilegiados para ajudar as pessoas a encontrar-se a si mesmas e àquela Verdade que dá sentido a todas as coisas. O Deus da revelação bíblica fala também sem palavras: «Como mostra a cruz de Cristo, Deus fala também por meio do seu silêncio. O silêncio de Deus, a experiência da distância do Omnipotente e Pai é etapa decisiva no caminho terreno do Filho de Deus, Palavra Encarnada. (...) O silêncio de Deus prolonga as suas palavras anteriores. Nestes momentos obscuros, Ele fala no mistério do seu silêncio» (Exort. ap. pós-sinodal Verbum Domini, 30 de Setembro de 2010, n. 21). No silêncio da Cruz, fala a eloquência do amor de Deus vivido até ao dom supremo. Depois da morte de Cristo, a terra permanece em silêncio e, no Sábado Santo – quando «o Rei dorme (…), e Deus adormeceu segundo a carne e despertou os que dormiam há séculos» (cfr Ofício de Leitura, de Sábado Santo) –, ressoa a voz de Deus cheia de amor pela humanidade.

Se Deus fala ao homem mesmo no silêncio, também o homem descobre no silêncio a possibilidade de falar com Deus e de Deus. «Temos necessidade daquele silêncio que se torna contemplação, que nos faz entrar no silêncio de Deus e assim chegar ao ponto onde nasce a Palavra, a Palavra redentora» (Homilia durante a Concelebração Eucarística com os Membros da Comissão Teológica Internacional, 6 de Outubro de 2006). Quando falamos da grandeza de Deus, a nossa linguagem revela-se sempre inadequada e, deste modo, abre-se o espaço da contemplação silenciosa. Desta contemplação nasce, em toda a sua força interior, a urgência da missão, a necessidade imperiosa de «anunciar o que vimos e ouvimos», a fim de que todos estejam em comunhão com Deus (cf. 1 Jo 1, 3). A contemplação silenciosa faz-nos mergulhar na fonte do Amor, que nos guia ao encontro do nosso próximo, para sentirmos o seu sofrimento e lhe oferecermos a luz de Cristo, a sua Mensagem de vida, o seu dom de amor total que salva.

Depois, na contemplação silenciosa, surge ainda mais forte aquela Palavra eterna pela qual o mundo foi feito, e identifica-se aquele desígnio de salvação que Deus realiza, por palavras e gestos, em toda a história da humanidade. Como recorda o Concílio Vaticano II, a Revelação divina realiza-se por meio de «acções e palavras intimamente relacionadas entre si, de tal modo que as obras, realizadas por Deus na história da salvação, manifestam e confirmam a doutrina e as realidades significadas pelas palavras; e as palavras, por sua vez, declaram as obras e esclarecem o mistério nelas contido» (Const. dogm. Dei Verbum, 2). E tal desígnio de salvação culmina na pessoa de Jesus de Nazaré, mediador e plenitude da toda a Revelação. Foi Ele que nos deu a conhecer o verdadeiro Rosto de Deus Pai e, com a sua Cruz e Ressurreição, nos fez passar da escravidão do pecado e da morte para a liberdade dos filhos de Deus. A questão fundamental sobre o sentido do homem encontra a resposta capaz de pacificar a inquietação do coração humano no Mistério de Cristo. É deste Mistério que nasce a missão da Igreja, e é este Mistério que impele os cristãos a tornarem-se anunciadores de esperança e salvação, testemunhas daquele amor que promove a dignidade do homem e constrói a justiça e a paz.

Palavra e silêncio. Educar-se em comunicação quer dizer aprender a escutar, a contemplar, para além de falar; e isto é particularmente importante paras os agentes da evangelização: silêncio e palavra são ambos elementos essenciais e integrantes da acção comunicativa da Igreja para um renovado anúncio de Jesus Cristo no mundo contemporâneo. A Maria, cujo silêncio «escuta e faz florescer a Palavra» (Oração pela Ágora dos Jovens Italianos em Loreto, 1-2 de Setembro de 2007), confio toda a obra de evangelização que a Igreja realiza através dos meios de comunicação social.

Vaticano, 24 de Janeiro – dia de São Francisco de Sales – de 2012.


BENEDICTUS PP. XVI

Extraído do site: http://www.vatican.va

quarta-feira, 16 de maio de 2012

I Encontro de Formandos da Procasp - São Sebastião - 2012

No último final de semana, nos dias 11, 12 e 13 de maio, aconteceu o I Encontro de Formandos da Procasp. Foi realizado na casa de retiros das irmãos que moram no litoral norte de São Paulo, em São Sebastião.

Todos os formandos da Procasp, entre eles postulantes, noviços e pós-noviços (junioristas), reunem-se duas vezes por ano. O intuíto desse encontro é refletirem sobre assuntos pertinentes a sua vida de formandos e a relidade da ordem no Estado de São Paulo. também é momento favorável para troca de experiências entre as várias fazes da formação, além de propiciar entrosamento, momentos fortes de espiritualidade e de confraternização. Veja um pouco como foi o primeiro encontro deste ano:

terça-feira, 15 de maio de 2012

Tarde vocacional e encerramento da Novena no Santuário Nsa Sra de Fátima - Sapopemba


O Santuário Nossa Senhora de Fátima, em Sapopemba - SP, está em festa. No dia 13 de maio encerrou a Novena em honra a sua Padroeira. Contou com a participação de vários frades da Província além da fraternidade local, Frei Zeca, Frei Juca e Frei Claudio.











Antes da missa de encerramento, que foi presidida por Frei Décio da Pastoral vocacional, houve um evento Vocacional com os jovens da comunidade. Ali se reuniram jovens da Crisma, catequese, movimentos juvenis e o pessoal do Grupo Despertar.



Frei Décio iniciou o encontro apresentando e alargando a compreensão do termo Vocacão. Este não está restrito a quem quer ser padre, freira ou frei, mas aponta para todos os chamados que Deus nos faz durante nossa história, desde do dia do nosso nascimento até a conclusão de nossos dias. E dentre tantos chamados para nos realizarmos como pessoas humanas, há o chamado para a Vida Consagrada. Nós, frades Capuchinhos, seguimos Jesus Cristo a maneira de São Francisco de Assis, o fundador de nossa Fraternidade.


O promotor vocacional ainda falou sobre a vida de São Francisco e Santa Clara e concluiu passando o Filme produzido na década de 90 pela FFB - Família Franciscana do Brasil - "São Francisco e Santa Clara, uma proposta de vida."


O encontro foi encerrado com um momento de espiritualidade com orações e música franciscana, já sendo preparada a celebração Eucarística que começou as 17h00.














O tema do dia foi "Maria e a dignidade da Vida". Além do tema, também foi, de forma antecipada, comemorado o dia das mães, sendo todas elas consagradas a Deus através dos cuidados maternais de Nossa senhora de Fátima.


Nossa Senhora de Fátima, intercedei por nós!

sábado, 5 de maio de 2012

2º dia de encontro vocacional franciscano capuchinho

2º dia de encontro vocacional!





Na sexta-feira, dia 4, iniciamos nosso tão esperado encontro vocacional! Contamos com a presença de 20 jovens que vieram de diversas cidades do nosso Estado de São Paulo, com o propósito de discernir melhor sua vocação e aprofundar seu conhecimento e espiritualidade em nosso carisma franciscano-capuchinho. O encontro foi marcado pela sexta-feira com o tema: “ O Senhor me deu irmãos” (Test. De São Francisco 14). Nossos vocacionados assistiram ao filme “ Francisco e Clara de Assis, uma proposta de vida”, comentado por Frei Mateus. Depois houve um momento fraterno e findou-se o dia com a belíssima oração da noite: As Completas. No dia seguinte, sábado, iniciamos o dia com o café da manhã e logo após com a oração da manhã, as Laudes. A moção do dia, foi inspirado pela liturgia do Domingo e pela profecia de Isaías: “O Senhor me chamou pelo nome” (Is 49, 1). Contamos com as iluminada reflexão do Frei Marcos Roberto, cujo tema foi: O que é vocação?! Após um breve intervalinho, Frei Denilson explanou sobre “A vocação na Bíblia”, ao término da palestra, tivemos um delicioso almoço, com momentos de confraternização. Retomamos nossas atividades com a admirável palestra de Frei José Carlos Pedroso com a temática: Discernimento vocacional de Francisco de Assis. Continue acompanhando nosso encontro por meio das postagens dos nossos vídeos...Paz e bem!





sexta-feira, 4 de maio de 2012

Preparativos Para o Encontro Vocacional

Preparação para o 1º Encontro Vocacional de Aprofundamento Franciscano-Capuchinho 2012



1º dia 




A Província dos Capuchinhos de São Paulo, por meio da Pastoral Vocacional, está a todo vapor na preparação do encontro. Estamos pensando em todos os detalhes, desde a hospedaria, alimentação, secretaria, comunicação, decoração, liturgia, música, oração, palestras






enfim... Tudo com muita alegria e fraternidade para poder acolher bem nossos vocacionados e também propiciar um bom encontro para o discernimento vocacional e conhecer no carisma franciscano-capuchinho. Um excelente encontro aos nossos queridos irmãos vocacionados e que Deus, por intermédio do nosso Pai seráfico São Francisco possa abençoar e iluminar a vocação de cada um... Paz e Bem!







video da chegada dos vocacionados!



quinta-feira, 3 de maio de 2012

Encontro de Guardiães

Está acontecendo na Serra de São Pedro - SP, do dia 01 ao 04 de maio, o Encontro de Guardiães Capuchinhos. O Encontro é promovido pela CCB - Conferência dos Capuchinhos do Brasil.


Os temas refletidos estão abordando a questão de como o guardião deve exercer sua autoridade na fraternidade. Cada circunscrição, enviou 4 representantes. Nossa Província de São Paulo está representada pelo Frei Geraldo dos Santos, Frei Zeca, Frei José Maria e Frei Saul; também conta com a presença do vigário provincial, Frei Edison, e do presidente da CCB, Frei Airton Carlos Grigoleto.



 

quarta-feira, 2 de maio de 2012

CARTA DO PAPA BENTO XVI POR OCASIÃO DAS COMEMORAÇÕES DO ANO CLARIANO

Foi com alegria que tomei conhecimento de que nessa Diocese, assim como entre os Franciscanos e as Clarissas do mundo inteiro, se está a recordar santa Clara com um «Ano Clariano», por ocasião do VIII centenário da sua «conversão» e consagração. Tal evento, cuja datação oscila entre 1211 e 1212, completava, por assim dizer, «o feminino» a graça que tinha alcançado poucos anos antes a comunidade de Assis com a conversão do filho de Pietro de Bernardone. E, como acontecera para Francisco, também na decisão de Clara se escondia o rebento de uma nova fraternidade, a Ordem clariana que, tornando-se uma árvore frondosa, no silêncio fecundo dos claustros continua a espalhar a boa semente do Evangelho e a servir a causa do Reino de Deus.
 
Esta feliz circunstância impele-me a voltar idealmente a Assis, para meditar com Vossa Excelência, venerado Irmão, com a comunidade que lhe foi confiada e, igualmente, com os filhos de são Francisco e as filhas de santa Clara, sobre o sentido deste acontecimento. Com efeito, ele fala também à nossa geração, e tem um fascínio sobretudo para os jovens, aos quais dirijo o meu pensamento carinhoso por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, celebrada este ano, segundo a tradição, nas Igrejas particulares precisamente neste dia do Domingo de Ramos.
É a própria Santa que fala, no seu Testamento, da sua escolha radical de Cristo em termos de «conversão» (cf. FF 2825). É a partir deste aspecto que me apraz começar, quase retomando o discurso feito em referência à conversão de Francisco no dia 17 de Junho de 2007, quando tive a alegria de visitar esta Diocese. A história da conversão de Clara centra-se na festa litúrgica do Domingo de Ramos. Com efeito, o seu biógrafo escreve: «Estava próximo o dia solene dos Ramos, quando a jovem foi ter com o homem de Deus para lhe perguntar sobre a sua conversão, quando e de que modo devia agir. Padre Francisco ordena que no dia da festa, elegante e ornamentada, vá aos Ramos no meio da multidão do povo, e depois na noite seguinte, saindo da cidade, transforme a alegria mundana no luto do domingo da Paixão. Portanto, quando chegou o dia de domingo, no meio das outras mulheres, a jovem, resplandecente de luz festiva, entra com as outras na igreja. Ali, com prenúncio digno, aconteceu que, enquanto os outros corriam para receber os ramos, Clara, por pudor, permaneceu imóvel e então o Bispo, descendo os degraus, chegou até ela e depôs o ramo na suas mãos» (Legenda Sanctae Clarae virginis, 7: FF 3168).
Tinha passado cerca de seis anos desde que o jovem Francisco empreendera o caminho da santidade. Nas palavras do Crucifixo de São Damião — «Vai, Francisco, repara a minha casa» — e no abraço aos leprosos, Rosto sofredor de Cristo, ele tinha encontrado a sua vocação. Disto brotara o gesto libertador do «despojamento» na presença do Bispo Guido. Entre o ídolo do dinheiro que lhe fora proposto pelo pai terreno, e o amor de Deus que prometia encher o seu coração, não teve dúvidas, e com ímpeto exclamara: «De agora em diante poderei dizer livremente: Pai nosso, que estais no Céu, e não já pai Pietro de Bernardone» (Segunda Vida, 12: FF 597). A decisão de Francisco tinha desconcertado a Cidade. Os primeiros anos da sua nova vida foram caracterizados por dificuldades, amarguras e incompreensões. Mas muitos começaram a meditar. Também a jovem Clara, então adolescente, foi sensibilizada por este testemunho. Dotada de um acentuada sentido religioso, foi conquistada pela «mudança» existencial daquele que tinha sido o «rei das festas». Achou o modo de o encontrar e deixou-se envolver pelo seu fervor por Cristo. O biógrafo faz um esboço do jovem convertido, enquanto instrui a nova discípula: «Padre Francisco exortava-a ao desprezo pelo mundo, demonstrando-lhe com uma palavra viva que a esperança deste mundo é árida e traz desilusão, e instilava nos seus ouvidos a dócil união de Cristo» (Vita Sanctae Clarae Virginis, 5: FF 3164).
Segundo o Testamento de Santa Clara, ainda antes de receber outros companheiros, Francisco tinha profetizado o caminho da sua primeira filha espiritual e das suas irmãs de hábito. Com efeito, enquanto trabalhava pela restauração da igreja de São Damião, onde o Crucifixo lhe tinha falado, anunciara que aquele lugar teria sido habitado por mulheres que glorificariam Deus com o seu santo teor de vida (cf. FF 2826; cf. Tomás de Celano, Segunda Vida, 13: FF 599). O Crucifixo original encontra-se agora na Basílica de Santa Clara. Aqueles grandes olhos de Cristo, que tinham fascinado Francisco, tornaram-se o «espelho» de Clara. Não é por acaso que o tema do espelho lhe será tão querido e, na iv carta a Inês de Praga, escreverá: «Fixa todos os dias este espelho, ó rainha esposa de Jesus Cristo, e nele perscruta continuamente o teu rosto» (FF 2902). Nos anos em que se encontrava com Francisco para aprender dele o caminho de Deus, Clara era uma jovem atraente. O Pobrezinho de Assis mostrou-lhe uma beleza superior, que não se mede com o espelho da vaidade, mas desenvolve-se numa vida de amor autêntico, nas pegadas de Cristo Crucificado. Deus é a beleza verdadeira! O coração de Clara iluminou-se com este esplendor e isto incutiu-lhe a coragem de deixar que lhe cortassem os cabelos e de começar uma vida penitente. Para ela, como para Francisco, esta decisão foi marcada por muitas dificuldades. Se alguns familiares a compreenderam sem dificuldade, e a mãe Ortolana e duas irmãs até a seguiram na sua escolha de vida, outros reagiram violentamente. A sua fuga de casa, na noite entre o Domingo de Ramos e a Segunda-Feira Santa, teve aspectos aventurosos. Nos dias seguintes foi perseguida nos lugares onde Francisco lhe tinha preparado um refúgio e tentaram em vão, até com a força, fazê-la renunciar ao seu propósito.
Clara preparara-se para esta luta. E se Francisco era o seu guia, um apoio paterno vinha-lhe também do Bispo Guido, como vários indícios sugerem. Explica-se assim o gesto do Prelado que se aproximou dela para lhe oferecer o ramo, como que para abençoar a sua escolha corajosa. Sem o apoio do Bispo, dificilmente teria sido possível realizar o projecto idealizado por Francisco e levado a cabo por Clara, quer na consagração que ela fez de si mesma na igreja da Porciúncula na presença de Francisco e dos seus frades, quer na hospitalidade que recebeu nos dias seguintes no mosteiro de São Paulo das Abadessas e na comunidade de «Sant’Angelo in Panzo», antes da chegada definitiva a São Damião. A vicissitude de Clara, como a de Francisco, demonstra assim uma característica eclesial particular. Nela encontram-se um Pastor iluminado e dois filhos da Igreja que se confiam ao seu discernimento. Instituição e carisma interagem maravilhosamente. O amor e a obediência à Igreja, tão acentuados na espiritualidade franciscano-clariana, afundam as raízes nesta bonita experiência da comunidade cristã de Assis, que não só gerou para a fé Francisco e a sua «plantinha», mas também os acompanhou com a mão pelo caminho da santidade.
Francisco tinha visto bem a razão para sugerir a Clara a fuga de casa, no início da Semana Santa. Toda a vida cristã, e portanto também a vida de consagração especial, constituem um fruto do Mistério pascal e uma participação na morte e na ressurreição de Cristo. Na liturgia do Domingo de Ramos, dor e glória entrelaçam-se, como um tema que depois se desenvolve nos dias seguintes, através da obscuridade da Paixão, até à luz da Páscoa. Com a sua escolha, Clara revive este mistério. No dia dos Ramos recebe, por assim dizer, o seu programa. Depois, entra no drama da Paixão, cortando os seus cabelos e com eles renunciando inteiramente a si mesma para ser esposa de Cristo na humildade e na pobreza. Francisco e os seus companheiros já são a sua família. Depressa chegarão irmãs de hábito também de terras distantes, mas os primeiros rebentos, como no caso de Francisco, despontarão precisamente em Assis. E a Santa permanecerá para sempre vinculada à sua Cidade, demonstrando-o especialmente em certas circunstâncias difíceis, quando a sua oração poupou a Assis violência e devastação. Então, disse às irmãs de hábito: «Caríssimas filhas, desta cidade recebemos todos os dias muitos bens; seria muito ímpio se não lhe prestássemos socorro, como podermos no tempo oportuno» (Legenda Sanctae Clarae Virginis 23: FF 3203).
No seu significado profundo, a «conversão» de Clara é uma conversão ao amor. Ela já não terá as vestes requintadas da nobreza de Assis, mas a elegância de uma alma que se despende no louvor a Deus e no dom de si mesma. No pequeno espaço do mosteiro de São Damião, na escola de Jesus-Eucaristia contemplado com afecto esponsal, desenvolver-se-ão no dia-a-dia as características de uma fraternidade regulada pelo amor a Deus e pela oração, pela solicitude e pelo serviço. É neste contexto de fé profunda e de grande humanidade que Clara se faz intérprete segura do franciscano ideal, implorando aquele «privilégio» da pobreza, ou seja, a renúncia a possuir bens, mesmo só em comunidade, o que deixou perplexo durante muito tempo o próprio Sumo Pontífice, que no final se arrendeu ao heroísmo da sua santidade.
Como não propor Clara, como Francisco, à atenção dos jovens de hoje? O tempo que nos separa da vicissitude destes dois Santos não diminuiu o seu fascínio. Pelo contrário, é possível ver a sua actualidade no confronto com as ilusões e as desilusões que muitas vezes marcam a hodierna condição juvenil. Nunca uma época fez sonhar tanto os jovens, com os milhares de estímulos de uma vida em que tudo parece possível e lícito. E no entanto, quanta insatisfação está presente, quantas vezes a busca de felicidade, de realização, acaba por fazer empreender caminhos que levam rumo a paraísos artificiais, como os da droga e da sensualidade desenfreada! Também a situação actual, com a dificuldade de encontrar um trabalho digno e de formar uma família unida e feliz, acrescenta nuvens no horizonte. Mas não faltam jovens que, também nos nossos dias, aceitam o convite a confiar-se a Cristo e a enfrentar com coragem, responsabilidade e esperança o caminho da vida, inclusive fazendo a escolha de deixar tudo para O seguir no serviço total a Ele e aos irmãos. A história de Clara, juntamente com a de Francisco, é um convite a meditar sobre o sentido da existência e a procurar em Deus o segredo da alegria verdadeira. É uma prova concreta de que quantos cumprem a vontade do Senhor e confiam nele não só nada perdem, mas encontram o verdadeiro tesouro capaz de dar sentido a tudo.
A Vossa Excelência, venerado Irmão, a esta Igreja que tem a honra de ser o lugar de nascimento de Francisco e de Clara, às Clarissas, que mostram quotidianamente a beleza e a fecundidade da vida contemplativa, em prol do caminho de todo o Povo de Deus, e aos Franciscanos do mundo inteiro, a tantos jovens à procura e necessitados de luz, confio esta breve reflexão. Faço votos por que ela contribua para fazer redescobrir cada vez mais estas duas figuras luminosas do firmamento da Igreja. Com um pensamento especial para as filhas de santa Clara do Protomosteiro, dos demais mosteiros de Assis e do mundo inteiro, concedo de coração a todos a minha Bênção Apostólica.
Vaticano, 1 de Abril de 2012, Domingo de Ramos
BENEDICTUS PP. XVI