domingo, 13 de novembro de 2011

A parábola dos Talentos


Uma interessante paráfrase de Rubem Alves sobre a Parábola dos Talentos (Mt 25, 14-30) que partilharemos em nossas celebrações deste 33º Domingo do tempo comum.

A Parábola dos Talentos
Havia um homem muito rico, possuidor de vastas propriedades, que era apaixonado por jardins. Os jardins ocupavam o seu pensamento o tempo todo e ele repetia sem cessar: O mundo inteiro ainda deverá transformar-se num jardim. O mundo inteiro deverá ser belo, perfumado e pacífico. O mundo inteiro ainda se transformará num lugar de felicidade.


As suas terras eram uma sucessão sem fim de jardins, jardins japoneses, ingleses, italianos, jardins de ervas, franceses. Dava muito trabalho cuidar de todos os jardins. Mas valia a pena pela alegria. O verde das folhas, o colorido das flores, as variadas simetrias das plantas, os pássaros, as borboletas, os insectos, as fontes, as frutas, o perfume… Sozinho ele não daria conta Por isso anunciou que precisava de jardineiros. Muitos se apresentaram e foram empregados.

Aconteceu que ele precisou de fazer uma longa viagem. Iria a uma terra longínqua comprar mais terras para plantar mais jardins. Assim, chamou três dos jardineiros que contratara, e disse-lhes: Vou viajar. Ficarei muito tempo longe. E quero que vocês cuidem de três dos meus jardins. Os outros, já providenciei quem cuide deles. A você, Paulo, eu entrego o cuidado do jardim japonês. Cuide bem das cerejeiras, veja que as carpas estejam sempre bem alimentadas… A você, Hermógenes, entrego o cuidado do jardim inglês, com toda a sua exuberância de flores espalhadas pelas rochas… E a você, Boanerges, entrego o cuidado do jardim mineiro, com romãs, hortelãs e jasmins.


Ditas essas palavras, partiu. Paulo ficou muito feliz e pôs-se a cuidar do jardim japonês. Hermógenes ficou muito feliz e pôs-se a cuidar do jardim inglês. Mas Boanerges não era jardineiro. Mentira ao oferecer-se para o emprego. Quando ele viu o jardim mineiro disse: Cuidar de jardins não é comigo. É demasiado trabalho…



Trancou então o jardim com um cadeado e abandonou-o. Passados muitos dias voltou o Senhor, ansioso por ver os seus jardins. Paulo, feliz, mostrou-lhe o jardim japonês, que estava muito mais bonito do que quando o recebera. O Senhor dos Jardins ficou muito feliz e sorriu. Hermógenes mostrou-lhe o jardim inglês, exuberante de flores e cores. O Senhor dos Jardins ficou muito feliz e sorriu.


E foi a vez de Boanerges… E não havia forma de enganar: Ah! Senhor! Preciso de confessar: não sou jardineiro. Os jardins dão-me medo. Tenho medo das plantas, dos espinhos, das lagartas, das aranhas. As minhas mãos são delicadas. Não são próprias para mexer na terra, essa coisa suja…
Mas o que me assusta mesmo é o facto das plantas estarem sempre a transformar-se: crescem, florescem, perdem as folhas. Cuidar delas é uma trabalheira sem fim.


Se estivesse em meu poder, todas as plantas e flores seriam de plástico. E a terra estaria coberta com cimento, pedras e cerâmica, para evitar a sujeira. As pedras dão-me tranquilidade. Elas não se mexem. Ficam onde são colocadas. Como é fácil lavá-las com esguichos e vassoura! Assim, eu não cuidei do jardim. Mas tranquei-o com um cadeado, para que os traficantes e os vagabundos não o invadissem.

E com estas palavras entregou ao Senhor dos Jardins a chave do cadeado. O Senhor dos Jardins ficou muito triste e disse: Este jardim está perdido. Deverá ser todo refeito. Paulo, Hermógenes: vocês vão ficar encarregados de cuidar deste jardim. Quem já tinha jardins ficará com mais jardins.


E, quanto a você, Boanerges, respeito o seu desejo. Não gosta de jardins. Vai ficar sem jardins. Gosta de pedras. Pois, de hoje em diante, irá partir pedras na minha pedreira…


Rubem Alves
Gaiolas ou Asas – A arte do voo ou a busca da alegria de aprender
Porto, Edições Asa, 2004

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Presença dos aspirantes no Asilo São Vicente de Paulo de Cândido Mota


Os jovens Hugo Santos Vieira, Matheus Galiani e Ricardo Salgado Gomes, aspirantes da Província dos Capuchinhos de São Paulo, realizaram dos meses de agosto a novembro um belíssimo trabalho pastoral no Asilo São Vicente de Paulo em Cândido Mota.


Duas vezes por semana os aspirantes permaneciam no Asilo auxiliando às Irmãs de São Caetano no trabalho direto com os idosos. As visitas foram além de uma presença amiga, indo ao encontro das necessidades dos idosos nos seus diferentes aspectos. Seja na alimentação, na higiene pessoal, auxilio aos funcionários e também ouvindo e partilhando da vida dos atendidos pela instituição.


O trabalho pastoral dos aspirantes não se restringiu apenas nas visitas semanais, mas também na participação das recreações realizadas, tendo por finalidade alegrar a vida o dia a dia dos idosos. Durantes os eventos, Gincana de São Vicente de Paulo, Passeio na Chácara das Irmãs e visita a uma localidade nativa nos limites de Assis, onde os idosos puderam divertir-se com as travessuras dos macaquinhos.


Segundo os jovens, o contato direto com os idosos os auxiliou na descoberta do sentido real da velhice e da necessidade que os idosos sentem de atenção, cuidado, carinho e amor, enfim, um trabalho totalmente recompensador e gratificante.

domingo, 6 de novembro de 2011

1º Acampamento no Centro Vocacional Frei Paulino

Em 1971, Frei Paulino, Frade da nossa Província de São Paulo, fundou o Centro Vocacional da Criança e do Adolescente, no município de Cândido Mota - SP, com o objetivo de proporcionar-lhes possibilidades de uma vida melhor, através de atividades educacionais, recreação, lazer, alimentação e profissionalização. Hoje o Centro Vocacional chamado "Frei Paulino", atende mais de 350 crianças e adolescentes dando-lhes reforço escolar, alimentação, momentos de espiritualidade e cursos profissionalizantes. (confira o site: Centro Vocacional Frei Paulino clique aqui)

Além de todas essas atividades, o Centro Vocacional Frei Paulino promoveu no último final de semana (04 e 05 de novembro) o 1º Acampamento do Vocacional. Além dos funcionários e voluntários, contou com a colaboração dos estagiários do curso de psicologia da UNESP-Assis, dos Jovens da Pároquia de Cândido Mota - A famíla "TOPADA", do Frei Décio e dos Aspirantes Hugo, Matheus e Ricardo.


Enquanto os funcionários, voluntários e alunos de psicologia da UNESP trabalhavam algumas dinâmicas com as crianças e adolescentes, os jovens da TOPADA, Frei Décio e os Aspirantes repassavam mais uma vez o teatro que logo mais apresentariam.

Apresentaram "Life House", uma história que conta como Deus em seu infinito amor nos chama para a vida em um mundo preparado com muito cuidado para que sejamos felizes. Mas não há só beleza nesta vida, muitas forças contrárias querem nos afastar do amor de Deus: Vícios, vaidades, drogas, dinheiro e poder, suicídio...




Mas o amor de Deus é mais forte e nada e ninguém nos pode Dele separar. Vem em nosso auxílio, se assim o desejarmos, e nos livra de tudo isso que pode nos destruir. Ele dá pleno sentido a nossa vida!


Depois da apresentação, os jovens da TOPADA, Frei Décio e os aspirantes reuniram-se para ajustar os últimos detalhes da manhã de Espiritualidade no Acampamento, que começou as 7h00 do dia seguinte. 

 


As crianças foram recepcionadas no refitório com muitas músicas e logo depois uma bela oração agradecendo a Deus pelo irmão Sol.


As 8h00 teve inicio a manhã de espiritualidade. Destacou-se nesse momento o grande valor das verdadeiras amizades que nos conduzem para a luz não nos deixando cair em meio às trevas.



Frei Décio encerrou a manhã de espiritualidade ressaltando a importância do trabalho e dedicação de todos que atuam no centro vocacional Frei Paulino e que eles são a manifestação desse amor, carinho e dedicação que Deus tem em relação a cada criança e adolescente, amando-os tal qual eles são.

Parabêns ao Centro Vocacional Frei Paulino pela iniciativa, que Deus continue abençoado tão importante trabalho. O nosso muito obrigado aos jovens da TOPADA que não mediram esforços para que o acampamento fosse também tempo de graça e espiritualidade, aos aspirantes e Frei Décio que se fizeram presentes e atuantes nesse momento vocacional.

Pelo serviço de Animação Vocacional de Cândido Mota.
Paz e bem.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

15 anos da fraternidade do Postulantado

Atual fraternidade do Postulantado
Aos sete de outubro de 1996, foi inaugurada a Casa dos Postulantes: uma nova fraternidade em Piracicaba, com o objetivo de acolher os postulantes, em meio à necessidade de se criar um espaço de estudo e oração para a etapa inicial de nossa formação. Segundo nossas constituições, no Capítulo II, Art. IV, nº. 28, o Postulantado é definido como:

“[...] é o período de formação inicial em que se assume a opção por nossa vida. Durante esse período, o candidato conhece nossa vida, ao mesmo tempo em que a fraternidade, por sua parte, conhece melhor e ajuda o candidato a discernir sua vocação. A formação dos postulantes tem como objetivo principal o aperfeiçoamento da catequese da fé, a formação franciscana e uma primeira experiência de trabalho apostólico. Também deve ser provada e cultivada a maturidade humana, principalmente afetiva, e também a capacidade de discernir evangelicamente os sinais dos tempos”.

Com o intuito de atender essas necessidades, fora reformada parte do Seminário Seráfico São Fidélis, adaptando um anexo destinado à Casa dos Postulantes, tornando-se uma nova fraternidade.

Os registros no livro tombo da casa nos relatam que o evento da inauguração começou com um almoço festivo no Seminário São Fidélis, com a presença de vários frades e formandos da Província. As 15h00, na Capela do Seminário São Fidélis, houve uma celebração presidida pelo Frei Sermo Dorizotto, ministro provincial do respectivo triênio, que a iniciou com a bênção das imagens da Imaculada Conceição, São Francisco e Santa Clara, que foram colocadas na antiga gruta, dedicada a Nossa Senhora de Lourdes, agora anexa ao refeitório da nova casa, onde muitos frades ficavam em oração no tempo do seminário menor. Frei Odair Verussa fez a homilia e, Frei Sermo abençoou os cômodos da nova casa. Após a bênção final, foram plantadas no pátio da casa algumas jabuticabeiras.

O Postulantado tinha uma estrutura de três anos, e fora realizado em várias fraternidades, tais como Convento Sagrado Coração de Jesus, Seminário São Fidelis, com os postulantes residindo durante algum tempo em comunidades como Jupiá e Jardim Glória. Agora, com uma casa específica, os postulantes do 2º e 3º anos foram direcionados para residirem na nova casa e os postulantes do 1º ano, na fraternidade Sagrado Coração de Jesus. Em 2005, a casa do Postulantado passou a abrigar os postulantes do 1º e 2º anos, e os do 3º ano, residiam no Seminário São Fidélis.

Este regime de três anos de Postulantado permaneceu até 2008, onde se fazia o CVR (Curso de Vida Religiosa) com ênfase em filosofia e franciscanismo. No início de 2009, o Postulantado foi reestruturado e adaptado para dois anos de duração e, o CVR sem o enfoque da filosofia, se manteve com disciplinas de Sagrada Escritura, Teologia da Vida Religiosa Consagrada, Franciscanismo, Línguas (Português e Espanhol) e Ciências Humanas (Psicologia). No decorrer dos quinze anos da casa dos postulantes, foram diretores de estudo do CVR: Frei Odair Verussa, Frei Augusto Girotto, Frei Denílson Spironello e Frei Nilton César Groppo.

Muitos frades passaram pela Casa do Postulantado, na condição de guardiães e formadores, cada qual deixando sua contribuição humana e fraterna na formação de vários que atualmente são frades professos. Os frades que residiram nessa fraternidade foram: como inauguradores da casa em 1996, Frei José Maria M. de Lima, como guardião e Frei João Rodrigues Dias, como formador e Definidor da Formação Inicial. Em 1999, Frei João Alves dos Santos (Dom Frei Joãozinho), na condição de guardião, formador e Definidor da Formação Inicial, juntamente com Frei Denílson Spironello, como diretor de estudos. Com a transferência de Frei Denílson, chega a esta fraternidade Frei Nilton César Groppo, em 2001 como auxiliar na formação.

Em 2002, Frei Nilton assume como guardião e formador, e Frei José Sales Ramos (Frei Juca), como vice formador. Em 2005, Frei Nilton, Definidor da Formação Inicial, continua como formador e guardião da casa, e Frei Tarcísio Paulino Leite, fica como auxiliar. No segundo semestre do decorrente ano, após a transferência de Frei Tarcísio, Frei Sermo Dorizotto assume como vice formador. Em 2007, Frei Sermo Dorizotto deixa a casa do postulantado e Frei Nilton César Groppo continua como guardião, formador e Definidor da Formação inicial até o final do ano de 2010.

No segundo semestre de 2010, a casa do postulando passa por reforma e pintura interna. Hoje, em 2011, a fraternidade do postulantado é constituída por Frei Ricardo Aparecido Rodrigues na condição de formador, Frei Sermo Dorizotto como guardião e por oito postulantes: Afrânio, Angelo, Bernado, Ivan, Jean, Rafael, Rogê e Valder. Atualmente o diretor de estudos é Frei Denílson Spironello.

Os postulantes participam das atividades provinciais como encontros de formação, encontros vocacionais, missões, retiros, inserções como presença capuchinha nas pastorais em meio ao povo, e outras atividades, possibilitando assim um contato maior com a vida dos frades, e um maior conhecimento dos que desejam abraçar a forma de vida e espiritualidade capuchinha.

Este período de formação é um tempo muito propício para os estudos, reflexão na caminhada vocacional, trabalhos e construção da vida de oração e fraternidade, onde temos a oportunidade de conhecer e adentrar cada vez mais, a espiritualidade capuchinha, como opção de vida.

Postulante Angelo Fernando da Silva

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Celebrar Finados, à luz da Páscoa de Jesus Cristo.


Estamos no Mês de novembro. Neste mês, de modo especial no dia de finados, relembramos nossos familiares, amigos que partiram de nosso convívio. Para uns esse ato de recordar é tranqüilo, sereno; para outros reabre às vezes feridas, renasce o pranto e prolonga a dor porque ainda não conseguiram aceitar a separação daquele ou daquela que partiu do convívio cotidiano. De um ou de outro modo o ato de recordar reacende a saudade, mas também a dor.

A visita que fazemos ao cemitério, as preces que elevamos a Deus, as velas que acendemos, as flores que oferecemos aos nossos entes queridos são uma expressão do nosso amor e carinho a eles. Mas não apenas isso. É também expressão de nossa confiança que aqueles e aquelas que não estão mais juntos de nós fisicamente, que não caminham conosco em nosso dia a dia, definitivamente, não morreram. Essa garantia é o próprio Jesus quem nos dá: “aquele que crê em mim, mesmo que morra viverá eternamente” (Jo 11,25). Para os que acreditam a vida não se restringe no aqui e agora que vivemos na história, porém a vida se revela em algo muito maior. A vida apreciada no amor é, na fé, convivência eterna em comunhão com Deus. Essa é a esperança cristã que nos conduz a um olhar confiante e alegre a essa comunhão de amor que há de vir.
Todavia, a vida eterna, a salvação, não é para ser buscada apenas depois da morte. Essa busca deve começar aqui e agora. Trata-se antes de tudo de acreditar no chamado que Deus faz a nós em Cristo. Por meio do seu filho Deus nos põe em comunhão com Ele. Mas essa é uma verdade de fé. Assim como somente pela fé em Cristo e sob a ação do Espírito podemos conhecer quem é Deus, do mesmo modo é também pela fé que podemos ter acesso a essa verdade, ou seja, à vida glorificada.

Mas cuidado para não entender errado o que estamos falando. Quando dizemos que é preciso crer trata-se de acolher aquele que é o Senhor da vida em nossa vida e aceitar que sua Palavra seja “lâmpada para os nossos pés” no dia a dia. Trata-se de deixar que ela – a Palavra - transforme nossa vida a tal ponto que possamos também hoje amar como o Cristo amou e ama, perdoar, solidarizar, profetizar, enfim, servir e fazer o bem como Ele o fez. Dessa maneira antecipamos desde já a convivência plena no amor de Deus.
O Cristo glorioso e ressuscitado não é outro senão aquele que chorou diante do túmulo de seu amigo Lázaro, que teve compaixão da multidão faminta, que caminhou em busca da ovelha perdida, que carregou a cruz até o calvário e lá foi crucificado e morto. Com isso queremos dizer que “seremos o que somos agora”. Será eternizado o que agora vivemos e fazemos. Na verdade a promessa e garantia da vida eterna supõe um modo de viver. É um viver segundo Cristo ou como diz Paulo, “não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim” (Gl 2,20).
Tudo o que expressamos é preciso ser visto em relação a outro ato de recordação e celebração que antecede o dia de finados: a Festa de todos os Santos. Louvamos e bendizemos a Deus por todos os santos. Mas quem são os santos? São nossos irmãos e irmãs na fé que numa determinada época viveram a fé em Cristo buscando fazer a vontade do Pai. É verdade que o número dos santos e santas não são somente aqueles e aquelas que a Igreja já colocou em sua lista ou Cânon. Vai muito além. Ser santo e santa é um chamado dirigido a todos os homens e mulheres que ontem, hoje e amanhã peregrinam por esta terra (1 Cor 1,2). Nesse sentido podemos dizer que todos os nossos irmãos, amigos, familiares que não estão mais conosco já experimentam a alegria de serem santos como nosso Deus é santo em sua ressurreição. Essa mesma alegria somos nós convidados a experimentá-la em nosso caminhar cotidiano rumo à pátria definitiva. Isso implica fazermos o que já expusemos: viver em Cristo abraçado às tarefas do Reino de Deus. Para sermos mais claros, viver a caridade com os irmãos e as irmãs, sobretudo, o pobre, o enfermo, o faminto, pois este rosto sofrido é o rosto mesmo de Cristo.


Que essa singela reflexão seja oportuna a você leitor (a) no sentido de não cultivar um desespero diante da morte mas aceitá-la com um olhar sereno. De certa forma a morte é nossa irmã. Sem a morte e a experiência da cruz não se experimentaríamos a vida glorificada. Ao mesmo tempo ajude a examinar quais ações são prioritários em sua vida e se elas estão relacionadas às escolhas d’Aquele que nos chama a viver na santidade e nos assegura uma Vida plena, eterna e feliz. De uma coisa estamos certos: aquele e aquela que faz a vontade de Deus não ficará sem recompensa, receberá o cêntuplo nesta vida e a vida eterna.

Frei Maurício dos Anjos é Frade Menor Capuchinho da Província de São Paulo e reside na Fraternidade Santa Clara, cidade de Taubaté.