Vestição dos novos noviços

Olá, irmãos e irmãs, paz e bem!



Capela do antigo seminário franciscano de Nova Veneza



Na sexta-feira, dia 26 de novembro, na capela do antigo seminário franciscano em Nova Veneza, Sumaré - SP, a Ordem dos Frades Menores Capuchinhos do Estado de São Paulo, em uma singela e bela celebração, teve a alegria de receber quatro irmãos para vivenciarem o ano de noviciado.

São eles o Frei Saulo, Frei Frankslei, Frei André e Frei Carlos Eduardo.

Nós, frades franciscano-capuchinhos, chamamos a cerimônia de entrada de novos noviços à Ordem de "Vestição". Nessa celebração os neo-noviços recebem o hábito penitencial e passam a ser chamados de Freis (palavra que significa "irmão")  

Mas o que é noviciado? Nossas Constituições Capuchinhas nos mostram que "o noviciado é o periodo de uma iniciação mais intensa e de uma experiência mais profunda da vida evangélica franciscano-capuchinha em suas exigências fundamentais, e supõe uma opção livre e madura pela vida religiosa. A formação do noviço fundamenta-se nos valores de nossa vida consagrada, conhecidos e vividos à luz do exemplo de Cristo, das intuições de São Francisco de Assis, das sãs tradições da Ordem" (Constituições Capuchinhas, cap. 1, n. 29)

Frei Nilton César Groppo, mestre de noviços

Nesse tempo tão importante para os noviços, que compreende um ano de oração, trabalho e vivência fraterna instensos, os noviços recebem um acompanhamento exclusivo por parte de um frade. A esse frade chamamos de mestre de noviços. Em nossa fraternidade provincial de São Paulo, Frei Nilton César Groppo é o nosso novo mestre de noviços.

Frei Nilton, Frei Airton e Frei Maurício

 Essa cerimônia da vestição envolveu-se de um brilho maior: nosso querido e místico mestre Frei Mauricio Burin estava concluindo seus mais de 10 anos como mestre de noviços e Frei Nilton assumindo o novo grupo. A celebração contou também com a fraterna e alegre presença de nosso ministro provincial Frei Airton Carlos Grigoleto, muitos outros co-irmãos de hábito, formandos e pós-noviços, familiares e alguns membros da comunidade paroquial local. 

Queremos manifestar, sem dúvida, a nossa imensa gratidão ao nosso querido mestre frei Maurício que, com seu trabalho e exemplo de vida, gerou tantos novos frades para nossa Ordem.

Noviços com a família

E entrar para o tempo de noviciado não é de forma alguma abandonar o mundo e a nossa família, mas é ver o mundo com os olhos de Cristo e um aprendizado constante de sempre mais valorizar àqueles que nos geraram e educaram à vida. Por isso contamos sempre com o apoio e presença dos familiares dos novos noviços que, como São Francisco nos ensina, passam a ser também mãe, pai, irmão e irmã de todos os frades. Sao integrados a grande família franciscano-capuchinha!

O nosso parabêns aos novos noviços, Frei André, Frei Saulo, Frei Carlos Eduardo e Frei Frankslei. Que a sensibilidade e leveza do Espírito Santo possibilite a vocês a abertura para reconhecer e acolher a grande graça concedida a nós por Deus, pelo seu filho Jesus Cristo, de vivenciar intensamente essa experiência de vida religiosa, manifestação concreta do desejo de perfeição evangélica para a instauração do Reinado de Deus.

Vocês, queridos freis, não estão sozinhos, contem sempre com nosso apoio e orações!

"Todo frade que é dado por Deus à fraternidade traz-lhe alegria e também é um estímulo para que nos renovemos no espírito de nossa vocação" (Constituições Capuchinhas, cap. 2, n. 26)

 Animação Vocacional Capuchinha

Em busca da identidade do catolicismo paulistano

Nos dias 05 e 06 de outubro, nós postulantes do 2º. Ano estivemos na cidade de São Paulo com o prof. Frei Claudemir Vialli para aprofundarmos nosso estudo de cristologia.



Catedral da Sé

O intuito era percebermos na arquitetura religiosa paulistana as diferentes perspectivas cristológicas. Nosso campo de estudo foi amplo: museu de Arte Sacra, Catedral da Sé, Catedral Metropolitana Ortodoxa, Pátio do Colégio, Mosteiro de São Bento, igrejas como a de São Gonçalo, Santa Ifigênia e do Paysandu. Em cada local colhemos uma experiência muito marcante para nós iniciantes à vida religiosa.

museu de Arte Sacra - Mosteiro da Luz

Frei Claudemir teve a preocupação de nos conduzir a locais que ainda conservam a alma católica dos paulistanos, principalmente os que fizeram parte da construção do catolicismo da maior cidade do país através dos séculos.



Pátio do Colégio



De maneira muita fraterna, demonstramos nossa gratidão ao Frei Claudemir por essa iniciativa que veio corroborar com o nosso conhecimento teológico e humano. Ao Frei Airton, guardião da fraternidade Imaculada Conceição, nosso muito obrigado pelo acolhimento e fraternismo.



Mosteiro de São Bento



Queremos partilhar com todos os confrades alguns fatos singulares que nos marcaram durante nossa busca dos elementos cristológicos.



Igreja Metropolitana Ortodoxa

Frankslei:

Frankslei na torre do Banespa

A partir da aula extraclasse na cidade de São Paulo com o professor Frei Claudemir, posso relatar que vivenciei, junto com os irmãos, uma fase impar de minha vida. Esta experiência de aula me proporcionou o conhecimento real sobre algumas realidades: religiosa, social e cultural que ainda desconhecia ou que conheci pelo mundo das comunicações. Ressalto a grande importância desta aula e vejo com bons olhos o prosseguimento do projeto. Que com o advento de muitos outros irmãos este projeto de ensino extraclasse possa ser continuado.

Saulo:

Saulo no Mosteiro da Luz

Eu gostei muito do passeio em São Paulo, pois vi muitas coisas como igrejas antigas, museus sacros, ruas movimentadas, com pessoas diferentes. Fomos ver um filme na Paulista e andamos muito de metrô. Foi uma grande experiência para mim, pois nunca havia andado tanto e me divertido assim: comemos pão de queijo, jantamos no shopping, eu comi uma comida tradicional japonesa, e por fim ficamos felizes de viver como irmão em fraternidade. É uma experiência muita boa e vivificante.

Carlos Eduardo (Kadu):

Kadu no metrô Brigadeiro

A experiência realizada na cidade de São Paulo foi muito positiva e formadora. Frei Claudemir Vialli teve uma iniciativa muito boa ao nos propor uma visita às Igrejas históricas da cidade, pois não apreendemos somente as diferentes imagens que cada igreja possui quando celebra o Cristo, mas também um pouco da capital de nosso estado e da catequese do início de nossa igreja no Brasil. Alguns pontos como: igreja de São Gonçalo, Catedral da Sé e São Bento nos deixam inebriados com tamanha beleza arquitetônica e marcas de um povo que sofreu para nos deixar essas maravilhas.

Obrigado Frei Claudemir, por nos enriquecer culturalmente e religiosamente com sua sabedoria e iniciativa, pois certamente, nos ajudou muito a nos tornarmos mais maduros em nossa fé no Cristo Jesus e também de entendermos melhor como nosso povo celebra a mesma fé no Cristo em diversas formas, mas tendo como base a mesma liturgia.

André:

André na Igreja Ortodoxa



A cripta do Pátio do Colégio suscitou em mim a experiência do Cristo missionário ainda vivo nos alicerces da primeira igreja da cidade de São Paulo. Só de pensar nas dificuldades enfrentadas no século XVI, desde a viagem marítima até a catequese dos indígenas, parece que sentimos os corações dos padres jesuítas pulsarem pela causa do evangelho. O beato José de Anchieta desperta em nós o espírito da missão, de se fazer mais um no meio de povos estrangeiros, pois para Cristo “não há mais diferença entre escravo ou livre, estrangeiro ou judeu”.

Pelos postulantes Capuchinhos do 2º Ano - Piracicaba - São Paulo